segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Tua Oração é Um Treino Cardio Espiritual? - Josemar Bessa

 

 No livro de Jonathan Edwards, Afeições santas (Afetos religiosos), ele enfatiza a premissa de que os cristãos operam principalmente como peregrinos aqui na terra, com nossos corações estando sempre cheios de paixão inflamada do céu (ou seja, afeições santas). Jonathan Edwards argumenta que Deus sobrenaturalmente mantém "eficazmente" a nossa natureza focada na eternidade.

 Ao falar dessa graça, Jonathan Edwards escreve:  "a sua graça é o alvorecer da glória; e Deus usa os meios determinados por Ele, para que neste mundo, sejamos conformados e transformados para a herança que nos espera”. Uma das maneiras em que Jonathan Edwards mostra que Deus faz isso conformação, é através do privilégio de oração.

 Quando oramos, não devemos pensar que estamos de alguma forma informando Deus de suas perfeições, atributos... como se Ele não estivesse ciente de sua santidade prevalecente, bondade, justiça, amor, misericórdia, e toda a suficiência! Também não estamos dizendo a Deus algo que ele não sabe, em termos de nossa finitude, dependência, indignidade... para que possamos de alguma forma convencer Deus para fazer as coisas que pedimos.

 Mas sim, a oração é usada por Deus na vida dos crentes para moldar, preparar e afetar os corações dos seus filhos  "com as coisas que expressam Ele, e assim nos preparam para receber as bênçãos que pedimos segundo a Sua vontade.” Jonathan Edwards está conectando um ponto crucial aqui para nós.

 Então, muitas vezes vemos nos Salmos, os salmistas lamentam seus respectivos dramas e sofrimentos, só para meditar e exaltar os atributos de Deus que correspondem a suas necessidades, com o resultado sendo um reconhecimento de adoração da bondade divina e perfeição – seja qual for a resposta dada as necessidades, pois a oração os levou a ver a grandeza dos atributos de Deus.

 É maravilhoso então pensar sobre a oração desta forma, como um treino cardio espiritual. Quando oramos, estamos massageando os nossos corações com a pressão das perfeições eternas de Deus e, posteriormente, ela produz em nós o louvor duradouro para a glória de Sua graça. Oração tanto prepara como sustenta os afetos.

 Ao preparar nossos corações ela funciona para moldar continuamente nossas vidas imperfeitas  para mais perto da imagem perfeita de Cristo; e na sustentação, ela inflama dentro de nós uma valorização duradoura e apaixonada da busca da glória de Deus. Então, em seguida, pode-se até dizer que a oração é para nós também, apesar  da oração ser para Deus.

 Desfrute de oração hoje, sabendo que ela está produzindo em você um desejo afetuoso para o céu, onde o rei do céu reina, e onde um dia todos os seus santos estarão unidos diante do seu trono indescritível, atribuindo glória, honra e louvor ao Cordeiro que está assentado exaltado para sempre.

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