sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
Dúvidas - Deus tem Corpo?
Deus é infinito
Deus não tem dimensões, nem mesmo infinitas (2Cr 2.6; 6.18; Is 66.1,2; At 7.48). Ele não pode ser contido por nenhum espaço. Ele não é tão grande que Seu corpo esteja em um lugar e se estenda até outro ponto distante no universo. Deus não é um objeto como os demais, nem mesmo o maior que se possa imaginar. Ele não é uma coisa que possa ser encontrada no universo. Ele transcende o universo. Mais que isso: é ele, em última análise, quem permite que o universo exista.
Deus é onipresente
Um corpo não pode encher o céu e a terra de uma só vez com tudo que é, pois, é limitado ao tempo e espaço. Mas, Deus é onipresente (Sl 139.7-10; Jr 23.23, 24). Deus não está sujeito às limitações do corpo físico, como o tempo ou o espaço (Jo 4.21; At 17.24). Ele não é infinitamente grande, mas está presente com todo o seu Ser em cada parte do universo, simultaneamente. Deus está presente, mas é distinto de toda a Sua criação. Ele está em todo o universo, mas não é o universo. É superior à toda a criação, pois é Criador.
Deus é invisível.
Paulo adiciona invisível como parte das perfeições de Deus (1Tm 1.17). A Sua divindade se entende pelas Suas obras que são visíveis, mas o Ser não é visível aos olhos materiais (Jo 1.18; 1Tm 6.16; Cl 1.15). Somente quando estivermos num corpo transformado veremos a Deus (1Co 13.12; 1Jo 3.2; Ap 22.3,4; Mt 5.8).
Deus é o Ser Perfeito
Como a alma e espírito do homem corporal fazem dele o ser superior dentre todos os demais que tem corpos (animais), e como os anjos, que são espíritos sem corpos são superiores aos homens (Sl 8.5; Hb 2.7), Deus é mais perfeito do que a Sua criação por ser Espírito puro. O efeito não pode superar a Causa. Cada ser composto é criado e é em essência, finito e limitado, e assim sendo, longe de perfeição. Por Deus ser Luz sem trevas (1Jo 1.5) e sem sombra de mudança (Tg 1.17), sabemos que Ele é perfeito. Deus tem uma excelência acima de todos esses e assim sendo, está inteiramente removido das condições de um corpo.
Deus é espírito
Por Deus ser Espírito, é tanto pecado quanto tolice fazer qualquer imagem ou desenho de Deus (Ex 20.5; Dt 5.8,9). Nossas mãos são tão incapazes de formar uma imagem dele ou desenhá-lo como são incapazes os nossos olhos de vê-lo. Que a proibição de fazer imagens de Deus para adorar ou ajudar na adoração é para todos os povos e de todos os tempos é clara, pois Ele julgará tanto o Seu povo quanto os pagãos por fazerem isto (Is 40.18-26; Rm 1.21-25). Tais pessoas que fazem as imagens e desenhos, reais ou imaginativos, são tão estúpidas quanto as imagens que fizeram (Sl 115.4-8).
Deus não tem corpo?
Muitos cristãos acreditavam não apenas que Deus era material e físico, mas também que possuía algo semelhante ao corpo humano. A Bíblia fala das mãos, ouvidos e rosto de Deus (Is 59.1,2), dos seus olhos (2Cr 7.15,16), das suas costas (Ex 33.23) e do seu braço (Dt 11.2).
Por que a Bíblia atribui a Deus partes corporais? Estas devem ser consideradas como antropomórficas (tentativas de expressar a verdade sobre Deus por meio de analogias humanas) e simbólicas. Servem para trazer o infinito ao alcance da apreensão do finito. Estas representações aludem à Sua obra, em sentido figurado, e não à Sua natureza invisível. Nelas são manifestos os Seus interesses, poderes e atividades.
Os olhos falam do Seu conhecimento (Dt 11.12; Sl 34.15);
Seu braço e mão, da Sua eficiência e poder (Ez 20.33; Is 51.9; 52.10);
Os Seus ouvidos, da Sua onisciência e atenção (2Cr 7.15,16; Sl 34.15);
A face, do Seu favor (Sl 27.9; 143.7);
A boca, da revelação da Sua vontade (Jó 37.2; Pv 2.6);
As narinas, da aceitação das nossas orações (Dt 33.10, cf Ap 8.3,4);
O coração – a sinceridade das Suas afeições (Gn 6.6; 1Cr 17.19);
Os pés, da Sua presença (Is 60.13; 66.1);
Seus ouvidos, da Sua prontidão em ouvir as súplicas dos oprimidos (Sl 34.15; Ne 1.6).
Outra questão é que Deus algumas vezes aparece em forma humana (Gn 18.1,2,13; Js 5.13-15). Essas aparições são chamadas teofanias, sendo consideradas manifestações divinas que não comunicam ao homem a Sua real essência. Estas teofanias consistiam em manifestações incorpóreas de aparência humana, transitórias, e em localizações permanentes.
Conclusão
Deus não pode ser percebido pelos sentidos humanos, pois é espírito eterno, infinito e invisível, mas pode ter comunhão com o homem. Não é necessário um lugar especial para adorá-lo, pois Ele está em toda parte, plenamente presente e ativo.
Por Deus ser Espírito, o homem só pode ter comunhão com Ele através de um espírito vivificado por Cristo (1Jo 1.3). Ele não é um corpo material e, portanto, olha para o coração, para os sacrifícios de um espírito quebrantado mais do que a beleza de templos ou o esforço de qualquer ação externa. Isto Ele não desprezará (Sl 34.18; 51.16,17). Para termos comunhão com Ele, devemos ter o espírito da nossa mente renovado (Jo 3.5; Ef 4.23). Nunca podemos ser unidos a Deus senão em um espírito vivificado por Cristo.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
Dúvidas - Sono da Alma
Muitos grupos religiosos, acreditam que quando o homem morre, ele fica inconsciente, não percebendo o que se passa ao seu redor. A Bíblia não ensina a doutrina do “Sono da Alma”. O fato de que a alma dos cristãos vai imediatamente para a presença de Deus. mostra que a doutrina do sono da alma está equivocada. Paulo retrata este fato em Fl.1:23 - Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.
Essa doutrina ensina que quando os cristãos morrem, eles entram em um estado de inexistência e que voltarão à consciência somente quando Cristo voltar e ressuscitá-los para a vida eterna. As Escrituras quando falam da morte como “dormir”, trata-se apenas de uma metáfora usada para indicar que a morte é apenas temporária para os cristãos, como é temporário o sono.
Isso é visto claramente, por exemplo, quando Jesus fala a seus discípulos sobre a morte de Lázaro – “Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo” (Jo 11.11). Devemos notar que Jesus não diz aqui que alma de Lázaro adormeceu, nem qualquer texto bíblico de fato afirma que a alma de alguém está dormindo ou inconsciente (declaração necessária para provar a doutrina do sono da alma).
Em vez disso Jesus diz apenas que Lázaro adormeceu. João prossegue, explicando: “Mas Jesus falara da sua morte; eles, porém, entenderam que falava do repouso do sono. Então Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu” (Jo 11.13, 14). Os outros versículos que falam sobre dormir após a morte são igualmente metáforas que ensinam que a morte é temporária. Já os textos que indicam que os mortos não louvam a Deus, ou que a atividade consciente cessa depois da morte, devem ser entendidos da perspectiva da vida nesse mundo.
De nossa perspectiva, uma vez que a pessoa esteja morta, ela não se envolve mais com atividades como essas. Mas o Salmo 115 apresenta a perspectiva bíblica plena sobre essa posição. O texto diz: “Os mortos não louvam o Senhor (na congregação aqui na terra), nem os que descem à região do silêncio” (parêntese nosso). Prossegue, porém, no próximo versículo com um contraste indicando que aqueles que creem em Deus bendirão o Senhor para sempre: “Nós, porém, bendiremos o Senhor, desde agora e para sempre.” (Sl 115.17-18).
A Bíblia mostra que as almas dos cristãos vão imediatamente à presença de Deus e desfrutam da comunhão com Ele ali, como nas passagens de IICo 5.8 - Entretanto, estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor.; Fp 1.23, que já foi mencionado e Hb. 12:23 - e igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados,.
Jesus não disse: “Hoje já não terás mais consciência de nada que esta acontecendo”, mas sim “Hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc. 23:43). Certamente o conceito de paraíso naquela época não era de existência inconsciente, mas sim de existência de grande bênção e de regozijo na presença de Deus. Paulo não disse: “Tenho o desejo de partir e ficar inconsciente por muito tempo”, mas sim “tenho o desejo de partis e estar com Cristo” (Fp. 1.23) — e sem dúvida ele sabia que Cristo não era um Salvador inconsciente, adormecido, mas sim alguém que está vivo, ativo e reinando no céu.
Estar com Cristo era desfrutar a bênção da comunhão da sua presença, e é essa a razão por que partir e estar com ele era incomparavelmente melhor. Foi por isso que ele disse: “Preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor” (II Co 5.8). Apocalipse 6.9-11 e 7.9-10 também mostram claramente as almas dos mortos que foram para o céu orando e adorando a Deus: “Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?”. E eles foram vistos “em pé, diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação” (Ap 7.9-10).
Todos esses versículos negam a doutrina do “sono da alma”, pois deixam claro que a alma do cristão experimenta comunhão consciente com Deus no céu imediatamente após a morte. Em Lucas 16:19 Jesus conta a "parábola" do rico e de Lázaro. A palavra parábola foi colocada em aspas pois, esta não se refere a uma das parábolas que Jesus contava, por alguns motivos.
Primeiro na maior parte das vezes as parábolas começam com a frase "Então lhes contou uma parábola" ou então " a que compararemos o reino dos céus ou a que ele é semelhante". Esta "parábola" começa com Jesus contando como se fosse uma história. E segundo, Jesus não utiliza nomes em suas parábolas a não ser esta. Esta é a única "parábola" que alguém possui nome. Mas também há uma revelação nisto.
A revelação é que quando não conhecemos alguém, sempre o nomeamos por aquilo que a pessoa aparenta. Digamos podemos conhecer pessoas por vermos suas roupas, se são ricas ou pobres, se possuem uma identificação pela qual podemos descobrir algo sobre ela, por exemplo, se ela for um policial ou bombeiro, saberemos isto pela sua roupa. Mas ainda assim, conhecemos esta pessoa apenas pelo o que ela faz, e não conhecemos quem ela é.
Diferentemente das pessoas que conhecemos, estas nós a chamamos pelo seu respectivo nome, e não pelo que ela faz. Então como Jesus não conhecia o rico, ele apenas o chamou de rico e mencionou a vida que ele tinha. Já Lázaro, Jesus o conhecia pois ele sabia o seu nome.
E por fim em Hebreus 9:23 está escrito: E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo,. Fica evidente de que após a nossa morte, comparecemos a um juízo, e mediante a este juízo, somos levados para o Paraíso ou para o Inferno.
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