terça-feira, 28 de setembro de 2021

Quando Jesus nasceu?

 Este ponto de vista é defendido pelo teólogo Ernest L. Martin, no seu livro The Star that Astonished the World, 1996. Martin apresenta uma teoria que associa mais do que um fenômeno. A 11 de Setembro (dia que marca o início do ano hebraico) de 3 a.C., Júpiter, o planeta rei, entrou em conjunção com a estrela Régulo (pequeno rei), a mais brilhante da constelação do Leão. O Sol estava na constelação da Virgem. Temos, pois, dois reis que se encontram quando a Virgem é protegida pelo Sol, uma conjugação de fatores que certamente não deixaria indiferentes os Magos do Oriente e que Martin considera ter sido o sinal que os levou a partir.

 O 11 de Setembro foi, segundo ele, a data do nascimento de Jesus Cristo. Além do mais esta conjunção foi tripla, isto é, Júpiter entrou em movimento retrógrado e depois prosseguiu o seu movimento natural, o que o levou a cruzar-se três vezes com Régulo. Um dos pontos estacionários de Júpiter aconteceu a 25 de Dezembro do ano 2 a.C. e teve a duração de uma semana, período que Martin sugere para a chegada dos magos a Belém. 

 Se Ernest estiver certo em sua dedução sobre o nascimento de Jesus, isto poderia ser um indicação do porque esta data, que podemos afirmar que é totalmente bendita, atualmente é  "amaldiçoada". Poderia ser uma profanação e zombaria da data em que o Salvador do mundo nasceu ou também como um contraponto como alguns acreditam ser o nascimento daquele que irá se opor a Cristo, a saber, o AntiCristo.

sábado, 18 de setembro de 2021

Parábola do Grande Banquete


                              Lucas – Capítulo 14

16 Ele, porém, respondeu: Certo homem deu uma grande ceia e convidou muitos.
17 À hora da ceia, enviou o seu servo para avisar aos convidados: Vinde, porque tudo já está preparado.
18 Não obstante, todos, à uma, começaram a escusar-se. Disse o primeiro: Comprei um campo e preciso ir vê-lo; rogo-te que me tenhas por escusado.
19 Outro disse: Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las; rogo-te que me tenhas por escusado.
20 E outro disse: Casei-me e, por isso, não posso ir.
21 Voltando o servo, tudo contou ao seu senhor. Então, irado, o dono da casa disse ao seu servo: Sai depressa para as ruas e becos da cidade e traze para aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos.
22 Depois, lhe disse o servo: Senhor, feito está como mandaste, e ainda há lugar.
23 Respondeu-lhe o senhor: Sai pelos caminhos e atalhos e obriga a todos a entrar, para que fique cheia a minha casa.
24 Porque vos declaro que nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha ceia.

 Muitas vezes a parábola era a melhor forma de trazer a mensagem, que não poderia ser colocada de maneira aberta, direta. Toda parábola traz em si implicações morais e às vezes duras. Além disso, os elementos usados na parábola podem parecer até absurdos. Mas destes elementos duros e absurdos pode-se aprender muito. Alguém poderá aprender de uma maneira que não aconteceria a menos que a história fosse contada. É preciso entender um pouco do contexto e dos costumes do povo de Israel naquela época.

 O entretenimento básico deles era em casa na hora da refeição. E o momento da refeição não era um momento onde as pessoas apenas comiam, mas se divertiam, conversavam, filosofavam e também aprendiam. O jantar era uma grande oportunidade para aprendizado. Hoje em dia as famílias se reúnem muito pouco para um jantar, para discutir coisas pertinentes, espirituais e construtivas para os relacionamentos familiares. Tanto Jesus como os rabinos tinham o hábito de se reunir com as pessoas para jantar e na época sentavam numa mesa de três pernas em formato de "C" para que pudessem ver uns aos outros e discutir.

 Em latim era chamado de triclinium. Muitas parábolas de Jesus foram contadas quando ele estava jantando na casa de alguém. A parábola do grande banquete se encontra em Lucas 14: 15-24. Consideraremos também os versos 25 a 27. Essa parábola de Jesus contém aspectos muito difíceis. Mas, para entendê-la, precisamos conhecer a Bíblia e nesse caso em especial Deuteronômio 20. Neste texto, pessoas que haviam comprado um campo ou uma casa, ou acabaram de se casar ou estão com medo são liberadas da obrigação de ir à guerra. Esse é o primeiro aspecto que fica bem evidente para alguém que conhece a Bíblia.

 Na parábola, as pessoas foram convidadas ao banquete, mas não foram e utilizaram diversas desculpas. E essas desculpas eram legítimas, aceitáveis para não irem à guerra. Mas a questão é: essas desculpas são aceitáveis para não irem ao banquete? Essa questão já fazia parte da discussão que havia na mesa entre Jesus e os convidados, já que um dos que estavam sentados dissera: "Bem aventurado o que comer pão no reino de Deus!". Essa afirmação é caracteristicamente judaica e leva Jesus a declarar a parábola. Todos querem estar no banquete do reino de Deus, mas muitos dão desculpas para não irem, por haverem coisas mais importantes que necessitam de sua atenção.

  Aprendemos, portanto, que as pessoas convidadas tinham as desculpas e não queriam vir enquanto que as pessoas que não foram convidadas, quando os servos do anfitrião saíram para convidá-las, ficaram felizes em comparecer. E quando ainda havia lugar, os servos tiveram que sair de novo para convidar mais pessoas. Qual é o ponto de Jesus ao dizer essa parábola? O ponto é: não esteja tão certo de que você estará no banquete, a menos que realmente queira estar. Não será algo automático. Serão aqueles que forem obedientes aos servos do rei, que mostrarem simpatia ao convite, esses terão alegria no banquete do Reino de Deus. Os que não se mostrarem condescendentes, mesmo que sejam convidados VIP, eleitos, e acharem desculpas, mesmo que lhes pareça razoável, não irão participar daquele banquete.

 E a conclusão de Jesus após essa parábola nos versículos seguintes é: se colocamos alguma coisa, ou alguém ou pai ou mãe na frente Dele e tivermos outras prioridades além dos assuntos concernentes ao Reino de Deus, então não somos dignos de participar do seu banquete. Isso é bem duro e difícil, mas é essa a ideia que Jesus queria transmitir através dessa parábola. Pode ser que um seja convidado VIP, mas a menos que ele compareça e coloque o Reino de Deus em primeiro lugar e Jesus em primeiro lugar na sua vida, essa pessoa provavelmente não estará no banquete se alegrando da festa celestial que todos nós estamos aguardando.