domingo, 24 de abril de 2016

Frase - C. S. Lewis (1898 - 1963)


Psicologia do Espelho


 A maneira mais certa de aferir o sucesso de alguém no processo do auto refinamento é observar o comportamento do cônjuge para com ele. Tanto consciente como inconscientemente, o cônjuge sente a pureza de seus motivos e reage de acordo, tanto intencional como instintivamente. Num sentido mais amplo, isto é verdade a respeito de todos os relacionamentos inter-pessoais.

 "Como [olhando para] a água, a face reflete a face, assim o coração de alguém acha seu reflexo em outro" (Provérbios 27:19)." Dessa maneira, em concordância coma natureza e extensão do envolvimento de alguém com outra pessoa, pode-se medir o auto-refinamento de alguém pelo modo como é tratado. Como o casamento é a forma mais intensa de relacionamento inter-pessoal, este princípio aplica-se primeiramente à vida conjugal.

 É aqui que a pessoa confrontará de forma mais notável seus sucessos e fracassos no auto-refinamento, espelhados no comportamento do cônjuge para consigo. Em geral, esta atitude recíproca entre os cônjuges está em um dos níveis da retificação da imaginação. Se o marido ainda está trabalhando sob as noções falsas e egoístas de amor e romance, seu comportamento certamente refletirá isso, e a mulher naturalmente se ressentirá de seu egocentrismo e competirá contra ele.

 Seu relacionamento - aquele de dois indivíduos não-relacionados ocupando "espaços" separados e opostos - será caracterizado por fricção freqüente e dolorosa. Alienada de um marido que ela sente não se interessar de coração por ela, a mulher se desconectará dele, e negligenciará suas obrigações de esposa. Assim que o marido se desembaraçar de sua imaginação impura, pode começar a trabalhar em si mesmo.

 Começa gradualmente a reordenar suas intenções de cumprir a vontade de Deus em todos os caminhos da vida, (particularmente em seu casamento), sentir a raiz da alma sua e de sua mulher, e a refinar seu caráter. Embora não tenha ainda completado este processo, sua esposa sentirá este esforço genuíno e reagirá esforçando-se para ajudá-lo e apoiá-lo.

 Apesar disso, até que o processo esteja completo, ela manterá um senso próprio separado. Os dois verão seu casamento como um relacionamento mutuamente vantajoso, onde cada um é feliz e pronto a dar, ao mesmo tempo em que espera receber em retorno.

 Se o marido tem sucesso em todas as áreas acima - purificando suas intenções de forma a que sua única motivação seja cumprir a vontade de Deus, afinando-se com a raiz da alma, sua e da esposa, e refinando seu caráter, sempre colocando as necessidades de outros acima das suas - as consciências do casal tornar-se-ão uma só.

 Sua absoluta devoção à vontade dela a inspirarão a devotar-se proporcionalmente a ele: "como [olhando para] a água, a face reflete a face, assim o coração de alguém acha seu reflexo em outro" (Provérbios 27:19). Ela sentirá que é parte indivisível dele, e todos os seus atos refletirão uma total devoção a ele.

sábado, 23 de abril de 2016

Frase - C. S. Lewis (1898 - 1963)


Invadindo o Sistema - Tzvi Freeman


Pergunta:
"Por que pessoas boas sofrem neste mundo?"
Bem, para dizer a verdade, não é exatamente isso que está me incomodando. O que me irrita é todo o prestígio, poder, prazer e franco divertimento que vão para os tipos mais desagradáveis e abjetos deste planeta. Sim, já ouvi diversas respostas. Mas nenhuma me satisfez. Por que coisas fantásticas acontecem a pessoas horríveis?
 Já me falaram: "Como você sabe que ele é realmente tão feliz? Talvez todas estas festas sejam sua maneira de escapar da culpa persistente que não lhe permite desfrutar a vida de modo natural?" Também já me falaram: "Como você sabe se ele é realmente tão mau? Talvez ele se esgueire da cama durante a noite para entregar clandestinamente alimentos a órfãos e viúvas." E finalmente: "Procure enxergar o quadro inteiro. No fim, todos os bons serão recompensados. Porém os maus não perdem por esperar, receberão o que merecem, e não será nada de bom."
 Isso não é suficientemente bom, penso eu. Se o mundo é a obra prima de um Deus que deseja o bem e a bondade, então o que estão estes parasitas fazendo em Seu mundo? Se alguém não respeita as regras do jogo e magoa outra pessoa, deveria ser imediatamente retirado de circulação. Um D’us realmente bom não deveria tolerar tipos maus e ordinários.
Resposta:
 Você está certo, não deveria ser assim. O mundo não foi projetado dessa forma. Todas estas respostas são secundárias. A verdadeira resposta é bastante simples. A resposta verdadeira é: Eles invadiram o sistema.  Você sabe tudo sobre os hackers, ou invasores – o lado obscuro do cyberspace.
 Por exemplo, você já passou por esses MUDs online (jogos de domínio do multi-usuário) onde os usuários entram num mundo simulado compartilhado, escolhem personagens (chamados avatars) para representá-los, e então seguem dirigindo e manipulando, empilhando arsenal virtual e eliminando outros avatars e qualquer outra coisa que queiram – incluindo o código.
 No caso de você estar pensando em enriquecer com um desses projetos, tenha isso em mente: 10% de seu orçamento irão para desenvolvimento, testes, servidores, marketing, etc. os outros 90% vão para a manutenção. Por quê? Porque no meio da noite, quando os programadores de jogos cobram o triplo pelo seu já caríssimo tempo, algum hacker descobrirá que se entrar ali e conseguir rapidamente digitar algum código, seu avatar torna-se invisível/todo poderoso/duplicado/podre de rico ou seja o que for que se aplique a este jogo.
 E então ele passa a informação a todos seus amigos. E então ele vai para Ebay e leiloa todas as novas armas virtuais que adquiriu – por dinheiro não-virtual. E enquanto eles estão nessa e seus programadores de olhos lacrimejantes estão lutando para enquadrar aquele hack sem ferrar todo o jogo para aqueles jogadores inocentes que apenas querem jogar segundo as regras – porque se eles desligam todas as vezes que isso acontece, o jogo estaria mais desligado que ligado – alguém encontra um outro hack, e depois outro, e seu MUD inteiro está chafurdando no seu xará.
 Bem, projetistas de jogos, consolem-se. Vocês não estão sozinhos. O Grande Criador do supremo MUD de todos os MUDs tem lidado com o mesmo assunto por mais de 5 mil anos. A diferença é que Ele quis assim. Olhe, se você tem um ponto fraco inevitável em seu sistema, onde vai colocá-lo? Porá sinais de neon apontando para ele, dizendo: "Não entre aqui! Isso bagunçará tudo!"
 Você conhece a natureza humana melhor que isso, não é? Sabe que não há nada mais tentador para um ser humano que o proibido, o perigoso e o francamente destrutivo. (Na verdade, não se trata apenas de seres humanos. Os pássaros fazem o mesmo com o seu pára-brisa – deixando para trás um autógrafo.) Portanto, aqui vai Ele colocando uma árvore no meio – exatamente, no meio – do Jardim.
 Então Ele comunica aos dois primeiros usuários: "Estão vendo aquela árvore linda e tentadora ali no meio do jardim? Por favor, não comam dela, tudo bem? Porque aí vocês poderão causar uma tremenda confusão." E Adão diz: "Ei, Eva! Sabe de uma coisa, há uma árvore ali da qual não devemos comer! Ei, que gosto terá, hein?"
Invadido e Re-invadido
 Isso lhe dá a ideia de que a primeira invasão foi uma armadilha, não foi? Não iremos até lá agora. Primeiro daremos uma espiada nas conseqüências da primeira invasão: mais significantemente, mais invasões. Cada invasão tem um efeito similar: afugentar qualquer vestígio da presença de Deus no esquema das coisas, confundir o sistema de regras e ordem, e fornecer montanhas de prêmios para aqueles que fizeram a bagunça. Em pouco tempo, fica mais fácil invadir que jogar conforme as regras.
 Podemos descrever o efeito do pecado de Adão como se: o mundo fosse como uma fruta, a polpa da fruta envolvida por uma membrana e uma casca. Ao comer daquela árvore, Adão efetivamente misturou a fruta e a casca juntas. Invasões posteriores mexeram e aumentaram a bagunça, até que tornou-se impossível encontrar um pedaço de fruta sem casca e fruta misturadas. Todos sabemos que sabor tem isso. Igual à confusão do mundo em que vivemos.
 Deixe-me colocar isso em termos de projeto de jogo: Você percebe que para ter um mundo, precisa tanto de cenário quanto de primeiro plano. Branco sobre branco não passa bem uma mensagem. No primeiro plano do mundo estão as coisas importantes, que comunicam informação, os eventos que trazem propósito Divino e deleite. O cenário é aquilo que precisa estar ali como um palco para que todo o drama possa ocorrer. Com cenário, a regra é a seguinte: quanto mais quieto, melhor.
 Como um quadro negro limpo, para desenhar um diagrama. Como o silêncio no salão quando você toca música. Como o céu escuro pelo qual você deve esperar antes de acender os fogos de artifício. O cenário não é mau. É necessário, para que possa ter um conteúdo significativo. Mas precisa conhecer seu lugar: é apenas um recipiente. É apenas o acompanhante, não o solista. Que o melhor que pode fazer é sentar numa cadeira do fundo e manter a boca fechada.
 Imagine, agora, que o cenário e o primeiro plano se confundem completamente. Todo o quadro está perdido. A comunicação é prejudicada e se torna sem sentido. Bem, foi exatamente isso que Adão e os outros invasores fizeram: tiraram todo o significado do mundo ao misturar o cenário com o primeiro plano. O efeito mais nefasto da mistura de cenário com primeiro plano não é tão grande a ponto do primeiro plano perder o significado. Pior: o cenário finge que também tem um significado.
 Leva uma vida só sua, como se toda a pintura tivesse sido feita para ele. Foi assim que o mal entrou no nosso mundo. O mal é o cenário ganhando vida, nutrindo-se de seu relacionamento com o primeiro plano – as centelhas de santidade que se perderam dentro dele. Você provavelmente deseja um exemplo agora, portanto aqui vai um: Muitos acreditam que o ouro foi criado para ser usado no Templo Sagrado de Jerusalém, local onde habitava a Divina Presença na terra.
 Porém a humanidade roubou o ouro para seus propósitos. Alguns chegaram a construir palácios repletos de ouro para glorificar a eles mesmos. O ouro chegou ao mundo e sua finalidade foi completamente desvirtuada, levada a níveis e servindo a propósitos mais baixos possíveis. Deus criou o potencial para a linda música no mundo. Era para ser uma forma de chegar até Ele e expressar um senso de unicidade em Seu mundo. Não era para ser a glorificação dos seres humanos, idolatria, violência, guerra, sensualidade desenfreada e para encher os cofres dos magnatas da música.
 Jogos eletrônicos não existem para que possamos transformar nossos filhos em máquinas contorcionistas e imunizar adolescentes aos horrores da violência e da guerra. Jogos virtuais existem para nos dar belas metáforas para que possamos entender o Criador e a criação.
 Todas as coisas boas, excitantes e divertidas foram criadas para o propósito de atingirmos uma consciência mais elevada e manifestar a unidade essencial no cosmos. Este era o jogo original. Atualmente, o jogo foi transformado numa corrida irracional para acumular o maior número de brinquedos, conseguir a maior estimulação sensorial e pôr abaixo o maior número de muralhas.
Passe o Código
 As coisas estavam tão más, que a Administração precisou fazer uma varredura em todos os dados que entraram, deixando cair o sistema por um ano inteiro, enquanto conservava somente um conjunto de caracteres (incluindo animais) em PRAM. Foi prometido que a próxima interação (o aparecimento do arco-íris) seria mais duradoura. Na verdade, desde aquela ocasião não houve mais uma maciça queda do sistema. No entanto, isso ocorreu ao custo de reduções significativas na duração de vida dos avatars. E quando toda a base do usuário tentou desviar o OS através de uma ação conspiratória(Torre de Babel), linguagens múltiplas tiveram de ser introduzidas para inibir o grau de interação usuário-a-usuário. 
 Estranhamente, levou muito tempo para que o Mestre Eterno do Jogo despertasse Seus programadores e passasse o código. Para cobrir todas estas invasões e embutir alguma capacidade de recuperação no sistema, precisa-se do código original anotado. Precisa-se também de um bom senso do conceito e projeto originais. Assim você desejará ver aquele primeiro conceito em papel, bem como o documento do projeto. Não há dúvida de que é disso que trata as Escrituras. As Escrituras fornecem também a fórmula para isolar as linhas de suprimento para aqueles nefastos invasores.
 Aqueles são todos os "não-faças". Uma vez que todas as linhas proibidas estejam abandonadas, o lado obscuro simplesmente murcha até o esquecimento. Há então as instruções para lidar com o "reino permissível" – todos os assuntos do mundo exterior. Como você poderá comer, dormir, trabalhar honestamente e conduzir seus relacionamentos pessoais com outros – tudo com Divino propósito. Desta maneira, tudo volta a seu lugar e o MUD retorna à ordem. Ocasionalmente, até ocorrem casos onde a própria escuridão é transformada em luz.
 Mais ou menos como ampliar o jogo, graças às descobertas dos invasores. Fazê-lo, no entanto, é um negócio extremamente arriscado. Freqüentemente é conseguido por um daqueles invasores, que se entregou e agora trabalha para o lado bom. Mas tudo está com o poder das Escrituras. Porque as Escrituras, contém o projeto, os conceitos e o documento do projeto de todo o Sistema Operacional deste mundo.
Mais Sequestros
 Os mandamentos são poderosos, mas também trazem novos riscos e perigos. Como explicamos, toda a força do mal vem por meio daquele primeiro plano sequestrado, também conhecido como "bem". No esquema original do projeto, o cenário tinha uma fonte de energia muito limitada.
 O protocolo de recursos do primeiro plano, por outro lado, é dinâmico: mais atividade = maior suprimento. Uma vez que as Escrituras entram em cena, recursos e energia de muito além do sistema começam a fluir para lá. Em termos simples, o bem traz mais luz ao mundo. E o mal sabe disso. E geme e grita pedindo um pouco daquela luz.
Então, o que o cenário – nascido como o mal – conspira para fazer?
 Assim que detecta uma fonte de mais luz entrando no mundo, esforça-se para afunilá-la naquela direção. Faz tudo que pode para passar por cima de quem está fazendo aquele bem e coisas maravilhosas, e portanto despeja todas as coisas ruins sobre ele. E então expande seu império ainda mais. Como diz certo dito: "Aquele que é maior que seu próximo, suas tentações também são maiores." 
 O lado obscuro não está interessado em bobões que vivem vidas normais. O lado obscuro não está interessado em sequestrar bicicletas. O lado obscuro está interessado em aviões 747 – pessoas e comunidades que estão conectadas a vidas cheias de propósitos.Agora você entende por que sempre que há o maior bem, ali você você encontrará maior dificuldade?
Você Gosta Mesmo Desta Resposta?
 Uma porção de pessoas não gosta desta resposta, que as deixa furiosas. Não é como uma daquelas respostas simpáticas que fazem você sentir-se bem e aquecido por dentro, porque você pode dizer: "Oh, agora vejo que as coisas não são tão terríveis, afinal." Pelo contrário, pensar sobre esta resposta pode até criar um senso de ultraje. Isso é bom. Não devemos ser pacificados por respostas.
 Devemos ficar ultrajados. Isso faz parte do processo curativo. Ficar revoltado pela maneira que as coisas são, e ter vontade de mudá-las. Como você pode ver, o ato de consertar o jogo em si torna-se o novo jogo. Um jogo muito mais profundo, exigindo um conjunto de talentos muito mais eficientes. Quando o mundo foi criado, foi criado com Sabedoria. "No início Deus criou…" como "Com Sabedoria, Deus criou…").
 Como o início de todos os começos é Sabedoria – a sabedoria de criar um mundo maravilhoso a partir de 0's e 1's. Mas então existe uma sabedoria mais profunda. Um começo antes do começo. A sabedoria que precede a Criação. Que sabedoria é esta? A sabedoria de consertar o que está quebrado – sem desligar o sistema inteiro. A sabedoria de transformar as trevas em luz, de transformar invasores em pessoal de alta qualidade, e invasões num código permanente.
 E esta é a sabedoria das Escrituras. Por enquanto, aqueles bobos enchem todo o globo. Porém os níveis mais difíceis estão logo antes da vitória. Segundo todas as indicações, estamos chegando lá. E agora você sabe por que Ele nos levou a invadir primeiro.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Frase - C. S. Lewis (1898 - 1963)


Reflexão Bíblica - Fidelidade


 Em  Gênesis 32, é relatado a história do reencontro de Jacó com Esaú. Jacó sabia do risco que sua vida corria em relação a este reencontro, pois ele havia enganado seu irmão e agora estava para encontrá-lo. Creio que a luta de Jacó com o anjo, é a mesma que temos com Deus em oração. E se em algum desses instantes, Jacó orou ao SENHOR, antes de se encontrar com seu irmão. Com certeza Jacó fez sua oração baseada nas promessas de Deus, naquilo que Deus prometera a ele.

 Ele poderia ter dito que Deus prometera que daria a ele a terra onde ele havia dormido, que se chamava Luz e que passou a ser Betel; e que ele cria que Deus era poderoso para levá-lo de volta, mesmo com seu irmão querendo matá-lo. Jacó poderia ter feito um apelo à promessa divina, pois esta seria um petição sábia e também segura de que Deus iria ouvi-lo. Pois esta oração não seria baseada na eloquência de Jacó, ou na sua inteligência ou na ineficaz tentativa de persuadir a Deus.

 Mas, pelo contrário, seria baseada nas próprias palavras de Deus, pois sabia que Ele(Deus) o havia ajudado e também o prosperado no tempo em que ficou com Labão, então ele sabia que Deus o livraria da mesma forma.

 Um exemplo que temos disso em nosso cotidiano, em relação a confiança e a credibilidade que damos às pessoas, é quando as mesmas se prontificam em cumprir aquilo que elas prometeram, quando vemos que o que ela diz, ela faz.

 Tais pessoas são dignas de crédito e confiança, se for o contrário, tais pessoas são totalmente inconfiáveis, pois falam, mas não fazem. E como Deus vela pela sua palavras para a cumprir(Jr.1.12), Jacó foi salvo da ira do seu irmão e conseguiu ir com sua família para Betel.

sábado, 16 de abril de 2016

Jó: Articulação e Suavização


 O livro de Jó é praticamente um manual de psicologia, descrevendo em detalhes o processo de psicanálise. Jó sofre de uma ansiedade psicológica, uma dor existencial que não pode suportar.

 Quando se confronta com isso pela primeira vez, comporta-se como um enlutado inconsolável, que não consegue dar vazão a seu sofrimento.

 Mesmo após sentar-se em silêncio por um prolongado período na presença de três amigos que foram visitá-lo para oferecer conforto, ele é incapaz de livrar-se da dor, e começa a falar amaldiçoando o dia em que nasceu. 

 Segue-se um diálogo infrutífero entre ele e seus amigos, sobre todos seus fardos, e reclamações contra Deus. Depois disso aparece um novo personagem, Eliú filho de Baraquel que fala com preocupação honesta sem afetação, e finalmente o próprio Deus se dirige a Jó e o reprova.

 Jó recupera-se psicológica e fisicamente, e retorna a seu estado anterior de saúde e bem-estar. Embora Jó não blasfemasse contra Deus, ele não aceitou seu sofrimento como justificado, e portanto não o aceitou com amor e submissão perante Deus.

 Seus três amigos tentaram fazer terapia com ele (cada um usando uma técnica psicológica diferente) e convencê-lo, sem sucesso, de que seu sofrimento não era sem motivo.

 Foi depois disso tudo que o jovem Eliú, que tinha ficado quieto durante todo o diálogo precedente em deferência aos mais velhos, ofereceu sua admoestação, sensível porém convincente.

 Eliú introduz suas declarações dizendo: "Pensei que a idade falasse, e que a passagem dos anos conferisse sabedoria." Mas quando ele viu que eles não poderiam responder a nenhuma das queixas de Jó, ele ficou desiludido com os anciãos e concluiu que, ao contrário, é o espírito dos homens e a alma de Deus [dentro dele] que lhes dá o entendimento (Jó 32:7-8).

 A fonte da verdadeira resposta a Jó está na inspiração Divina, que pode existir em uma pessoa jovem tão facilmente como em um ancião. Somente através da ajuda e inspiração de Deus um conselheiro ou terapeuta pode ter a esperança de penetrar nas profundezas do subconsciente da pessoa, e assim ajudá-la a resolver seus problemas psicológicos.

 Eliú, que começa o processo da verdadeira cura, faz o papel de Elias(João Batista), o Profeta, o arauto da verdadeira e suprema Redenção messiânica. Jesus o Messias é o psicólogo consumado que desvenda todos os pesadelos retorcidos do amargo exílio, revelando seu âmago bom.

 Jesus sabe como abrir a todos e possibilitar-lhes a articular sinceramente suas ansiedades; ele juntará todos os fragmentos dispersos da alma despedaçada de cada um e os trará de volta ao âmago imaculado de seu coração, que sempre foi fiel a Deus e Sua Palavra.

 Ele relembrará o homem de sua identidade esquecida, e assim resolverá o enigma de seu mal psicológico. Esta é a dimensão psicológica da tarefa de Jesus, reunir os dispersos de Israel de volta a Sião, pois Sião (que literalmente significa ponto ou marcador) simbolizando o ponto mais íntimo do coração.

 O exílio dos judeus é uma metáfora para a consciência dispersa de uma pessoa que perdeu contato com seu ser interior.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Parábola do Mordomo Infiel - Joseph Shulam


 A parábola em questão é um tanto difícil de ser compreendida por tratar de assuntos desconfortáveis para a maioria das pessoas da civilização ocidental. Trata-se da parábola do Mordomo infiel, ou injusto, pois parece que o que o tal mordomo fez realmente não foi justo. No entanto é necessário entender essa parábola dentro da condição política, sociológica e espiritual dos judeus na terra de Israel, no tempo de Jesus.

Essa parábola é diferente, pois ela não começa da mesma forma que muitas outras parábolas de Jesus que começam com a seguinte frase:

“O reino dos céus é como...” ou “O reino de Deus é semelhante a...”

Vamos à leitura da parábola (Lucas 16:1)

“E dizia também aos seus discípulos: Havia certo homem rico, o qual tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de dissipar os seus bens. E ele, chamando-o, disse-lhe: Que é isto que ouço de ti? Dá contas da tua mordomia, porque já não poderás ser mais meu mordomo. E o mordomo disse consigo: Que farei, pois que o meu senhor me tira a mordomia? Cavar, não posso; de mendigar, tenho vergonha.
Eu sei o que hei de fazer, para que, quando for desapossado da mordomia, me recebam em suas casas.
E, chamando a si cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor?
E ele respondeu: Cem medidas de azeite. E disse-lhe: Toma a tua obrigação, e assentando-te já, escreve cinqüenta. Disse depois a outro: E tu, quanto deves? E ele respondeu: Cem alqueires de trigo. E disse-lhe: Toma a tua obrigação, e escreve oitenta. E louvou aquele senhor o injusto mordomo por haver procedido prudentemente, porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz.
E eu vos digo: Granjeai amigos com as riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos. Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito. Pois, se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras?”

Primeiramente, como não há a abertura clássica que se faz para falar sobre o Reino de Deus, entende-se que obviamente ele não está falando agora sobre o Reino de Deus.

 Observa-se que o contexto é retirado da história de José, pois ele foi chamado de mordomo. A palavra grega para mordomo é “Oikomenon”. Desta palavra se tira a palavra economia. Então o mordomo é aquele que lida com a economia da casa, ou seja, é o escriturário ou contador que administra os bens do Senhor daquela casa. Portanto, o mordomo nesta parábola tem o mesmo trabalho designado a José na casa de Potifar e também, anos mais tarde, o trabalho de administrador de toda a riqueza do Egito. E isso é relevante, pois o que José fez? Ele administrou a riqueza do perverso, no caso, dos egípcios idólatras, de Faraó e seu domínio, para poder alimentar seus irmãos e irmãs.

 Providencialmente, aqueles que o odiaram, falaram mal dele e venderam-no acabaram vindo a ele para receber comida e não passar fome em Canaã no período da seca. Então José é aquele mordomo que está sobre o dinheiro do perverso, do injusto. E ele deve administrar esse dinheiro para abençoar Israel, providenciando-lhe uma moradia. Então este mordomo da parábola tem muito a ver com José, por essas razões. Além disso, qual é a situação política na época que essa parábola foi contada? A situação era a da ocupação romana, com a casa de Herodes administrando os interesses dos romanos. Os habitantes de Israel, por sua vez, estavam sob o jugo dos cobradores de imposto e sob pressão política dos romanos.

 E nesse contexto, Roma não estava preocupada com a casa de Herodes ou com Israel, mas apenas interessada com o que eles poderiam fazer que fosse do interesse de Roma (ou seja, fornecer dinheiro). Comparando com a parábola, vemos que o homem rico não está preocupado em descobrir se a acusação de que o mordomo estava dissipando seus bens era ou não verdadeira. Baseado na acusação ele já se dispôs a demitir o mordomo. Ou seja, o homem, assim como os romanos, não está preocupado com o mordomo; e este já se preocupa com o que irá fazer, pois não é capaz de cavar ou mendigar. Então ele tem que se preparar, neste mundo, para tirar proveito da riqueza do perverso, a fim de herdar uma casa, um lugar que tenha um valor eterno.

 E isto fica evidente na parábola, pois ele usa a riqueza dos maus para fazer amigos dentro do chamado dele assegurando sua moradia eterna. O fim da parábola é muito importante. Jesus diz aos seus discípulos que eles devem usar o dinheiro dos maus para fazer o bem para as pessoas deste mundo, que são na verdade devedores. Dentro daquele contexto, devedores de Roma e agora devedores de Deus e de todo mundo neste mundo. Então qualquer riqueza que alguém tiver que provenha deste mundo, que provém dos perversos deve ser aplicada para dar como retorno riquezas eternas e reais. E vemos, da passagem muitas vezes citada de Provérbios 13:22, o que realmente Jesus está ensinando nesta parábola:

O homem de bem deixa uma herança aos filhos de seus filhos; a riqueza do pecador, porém é reservada ao justo.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Parábolas - As Quatro Mulheres na Igreja


Quatro mulheres chegaram à uma IGREJA vestidas com roupas bastante indecentes que mostravam muito bem os seus corpos.
O pastor deu uma boa olhada para elas e disse-lhes para que se sentassem. Então ele disse algo que elas nunca esquecerão na vida. Ele olhou para elas diretamente e disse seriamente: "Senhoras, tudo o que Deus fez valioso neste mundo está bem coberto e é difícil ver, encontrar ou obter.

1. Onde você encontra os diamantes? Lá no fundo da terra, coberto e protegido.
2. Onde você encontra pérolas? No fundo do oceano, coberto e protegido numa bela concha.
3. Onde você encontra ouro? Lá em baixo, coberto com camadas de rocha e para obtê-lo você tem que trabalhar duro e cavar fundo.


 Ele olhou novamente para elas com os olhos sérios e disse;
"Vosso corpo é sagrado e único" Vocês são muito mais preciosas do que o ouro, diamantes e pérolas, e vocês devem serem cobertas também. "Então ele acrescentou que, se vocês mantiverem vossos minerais precioso como ouro, diamantes e pérolas, profundamente coberto, uma organização respeitável de mineração com a maquinaria necessária vai realizar anos de exploração extensiva.


 Primeiro eles entrarão em contacto com o seu governo (a família), vai assinar contratos profissionais (casamento) e mina-lo profissionalmente (casamento civil)
.

 Mas se você deixar seus preciosos minerais descobertos na superfície da terra, você sempre vai atrair grande número de mineiros ilegais para vir e explorar-te ilegalmente.
Mantenha seu corpo profundamente coberto para que ele convide mineiros profissionais para persegui-lo.Vamos todos incentivar as nossas esposas, amigas e filhas a vestirem-se bem e decente!Tenho dito muito obrigado.