Todo ser humano já testificou por experiência de que é impossível ter um relacionamento firmado no sentimento que nomeamos de "paixão", pois como já vimos, este não possui durabilidade, e um relacionamento só pode ser sustentado por algo contínuo como o amor, que como afirma a Bíblia, ele(o amor) nunca acaba(ICO.13.8).
O amor envolve também a razão, pois assumimos um compromisso de amar nosso cônjuge sobre quaisquer circunstâncias, já a paixão envolve apenas o sentimento sem ligação nenhuma com a razão.
Creio que todo ser humano desejaria ter um relacionamento em que a paixão estivesse acesa em todo o momento, mas realmente isto é impossível. Creio que isto seja até mesmo predeterminado por Deus.
Pode até mesmo haver o caso de alguém já comprometido, vier a se apaixonar por outra pessoa; se esta se utilizar da razão saberá que está errada, ainda que seus sentimentos a obriguem a agir ao contrário da lei do amor, esta saberá também por intermédio da razão que: "assim como a paixão foi embora com seu cônjuge, assim também acontecerá com esta".
Quando a paixão atua, o coração é inflamado e produz uma ardência muito forte, de modo que a razão perde totalmente o controle de comando, submetendo-se aos sinais que a paixão lhe transmite.
A paixão é para um relacionamento, o que um par de rodinhas é para quem irá aprender a andar de bicicleta. As rodinhas são úteis e necessárias para que aprendamos a andar de bicicleta, mas não podemos esperar viver sempre com as rodinhas, elas são um meio para que passemos a um nível superior que é: andar sobre duas rodas.
As rodinhas facilitam o andar de bicicleta para quem recém começou e da mesma forma a paixão facilita a iniciação de um relacionamento, mas não podemos esperar estar sempre apaixonados, pois a paixão se estabiliza no amor, este é o "andar sobre duas rodas".
Conclui-se então que a paixão é útil e proveitosa para a iniciação de um relacionamento, porém o alvo dela é nos direcionar há algo mais sustentável que é o amor.