quinta-feira, 23 de julho de 2015

Refutações ao Espiritismo Kardecista - S. V. Milton



Primeiramente listaremos no que creem e no que não creem os kardecistas, tendo em vista naquilo em que creem os cristãos.

- Não creem em um Deus pessoal(alguém com quem podemos nos relacionar)
- Não creem na Bíblia como inspirada por Deus
- Não creem que Jesus Cristo é o filho de Deus
- Não creem na ressurreição dos mortos
- Não creem na história de Adão e Eva
- Não creem em expiação pelo pecado
- Não creem em um Juízo Universal
- Não creem na Salvação da alma
- Não creem em milagres
- Não creem no inferno
- Não creem no céu
- Creem em reencarnação
- Creem em Carma
- São sincretistas religiosos

 Embora exista adeptos que não consideram o espiritismo uma religião. Kardec deixou registrado em seus escritos que "o espiritismo é uma religião e, como tal, pretende abordar o destino do homem após a morte física". Os Kardecistas recebem grande influência do evangelho de Jesus, mas não o aceitam como manual de orientação para a salvação da alma, uma vez que não creem na ressurreição do corpo e no juízo universal. Para eles, os ensinamentos de Jesus são de ordem exclusivamente moral, algo para ser observado como regra de conduta e não imperativo de salvação. Em consequência, aceitam Jesus como o maior dos iluminados entre os que viveram na terra, um grande filósofo, mas não o Filho unigênito de Deus, enviado para trazer redenção à humanidade através de seu sacrifício vicário. Esta verdade não bate com a tese da reencarnação, ou da auto expiação tido como um dos fundamentos do Kardecismo.

 Por acreditarem que as boas ações praticadas nesta vida serão úteis como atenuantes ou créditos para futuras reencarnações, encaram as obras de caridade como fundamentais na vida do homem, não algo espontâneo, oriundo do sentimento de compaixão que deve caracterizar o verdadeiro cristão. É comum observarem-se entidades filantrópicas e de assistência social fundadas e dirigidas por espíritas, que mantêm hospitais, manicômios, creches, escolas, asilos e outras organizações do gênero. É também mais comum entre os kardecistas e pessoas que compactuam do mesmo pensamento, a adoção de crianças ou o chamado apadrinhamento, o que acreditam acrescentar maior crédito no banco celestial. O conjunto doutrinário observado por eles está firmado no trinômio fidelidade, sanidade e moralidade.

 Tendo estas três palavras como colunas de sustentação, o verdadeiro espírita kardecista procura viver sobriamente, praticando a moderação e evitando excessos para não arriscar o comprometimento da sua conduta. Esforçam-se ao máximo para perdoar uma ofensa ou um crédito não quitado, pois acreditam que tudo é retribuição daquilo que fizeram nas encarnações passadas. É o conformismo imposto pela crença. O sincretismo religioso é outra característica do kardecismo. Contém elementos de várias correntes de pensamento e ideologias, do cristianismo ao budismo, passando pelo hinduísmo, teosofia, bramanismo e outras formas de esoterismo. A mistura resulta num fraco sistema doutrinário, que deseja fundamentar-se no evangelho mas prega reencarnação, aceita Jesus como iluminado mas não como salvador pessoal, observando apenas aspectos morais de seus ensinos, quando a moralidade é uma obrigação do homem e não um mérito.

 Para os kardecistas, Deus é um ser distante, não pessoal, inatingível. Suas petições são atendidas pelos espíritos evoluídos e, na impossibilidade de concederem a graça, são intermediários entre o suplicante e Deus. Esse distanciamento de Deus surge em função do carma colocado acima do próprio Deus. Quer dizer, se está determinado que o homem passe por determinada provação nem Deus poderá livrá-lo.No espiritismo o médium não recebe incorporação, como acontece em outras religiões como a Umbanda e Candomblé, o mesmo entra em contato com os espíritos evoluídos através da canalização, que se estabelece por meio da concentração profunda, exclusivamente por intermédio de pessoas dotadas das faculdades necessárias para a intermediação. Os kardecistas consideram a terra um planeta de expiação para a humanidade.

 Quando morrer outra vez, o indivíduo vai para um planeta ainda mais evoluído e assim sucessivamente, até atingir um estágio satisfatório de evolução para não precisar mais reencarnar-se na terra. Os espíritas creem que Deus é o criador de todas as coisas e depois vem o espírito, a matéria e o fluido, que é a parte da vida entre o espírito e a matéria. Como não acreditam na história de Adão, os adeptos de Kardec dizem que a vida começou através de organismos microscópicos, em vários lugares e épocas diferentes. O homem evoluiu a partir desse sistema rudimentar de vida, motivo pelo qual tem seu corpo finito, oriundo da terra, mas o espírito é imortal, surgido de outras dimensões cósmicas. O mundo dos espíritos, assim como o terreno, está povoado de seres imperfeitos, bons e puros, sendo que os maus são considerados apenas imperfeitos porque têm a chance de evoluírem. Os kardecistas não creem em milagres. O sobrenatural é o mesmo que o natural.

 A comunicação com o mortos é considerado um ato caritativo, já que o objetivo é atender a uma necessidade do espírito, que poderá ser o pagamento de uma dívida ou o cumprimento de uma vontade do falecido. No espiritismo também há comunicação com seres extraterrenos, estes são espíritos que nunca viveram na terra, pertencem a outra esfera e são conhecidos como mestres da sabedoria. Há também a pratica de Caridade Espiritual, que consiste na libertação de pessoas oprimidas por espíritos obsessores e ajuda a esses próprios espíritos. Eles ainda não atingiram a escala evolutiva e ficam no espaço terrestre, "encostados" nas pessoas susceptíveis para perturbar-lhes a vida. O Doutrinamento do espiritismo é um trabalho que pode ser feito pelos espíritos evoluídos de pessoas falecidas como por extraterrestres ou ainda através de estudiosos do assunto. A crença na reencarnação é uma das principais doutrinas do espiritismo e das religiões não cristãs.

 A ideia teve origem na antiguidade, ganhou corpo na Ásia e recebeu grande ênfase no Ocidente com a chamada "orientalização do Ocidente", por contada imigração de crenças hindus, japonesas e chinesas. É fundamental ao espírita respeitar a individualidade e iniciativa das pessoas desde a infância, pois acredita que tudo nesta vida é um aprendizado da alma e a intervenção pode impedir que o indivíduo passe por uma situação que iria ajudá-lo no aperfeiçoamento do espírito. Os seguidores de Kardec não creem na queda de Adão e Eva, na lei do pecado e na expiação eterna para os que morreram praticando maldade. Por este motivo, acham que Deus não tem necessidade de condenar os praticantes do mal nem recompensar os observadores do bem. Deus para os espíritas, está alheio aos acontecimentos terrenos. Ele colocou suas leis e não participa da vida do homem, não intervém nos acontecimentos cotidianos da humanidade.

 Cada qual sofre as consequências de seus atos e dará conta deles nos caminhos da eternidade, através de um incessante nascer-morrer-renascer. O trabalho é  caminho do progresso e os espíritas detestam a estagnação e o retrocesso material ou espiritual, na certeza de que a miséria é um sinal da herança cármica em pagamento de dívidas anteriores. Os seguidores do kardecismo consideram vulgar a crença das denominações cristãs. Seus ensinamentos são vistos como preconceituosos e devem ser mudados. Assim, a igreja é dispensável, como também a Ceia, o batismo e outras doutrinas cristãs. O evangelho é aceito apenas em parte, rejeitando importantes fundamentos como santificação, a igreja como corpo de Cristo, o corpo como templo do Espírito Santo e outros. Visto que os kardecistas não aceitam o pecado, a queda do homem e o sacrifício vicário de Jesus para reconciliar o homem com Deus, não creem também na necessidade de expiação.

 Não é caridade espontânea originada da alegria de servir, mas um caminho, uma chance para se receber em troca a recompensa vindoura na forma de méritos para a somatória essencial na escala evolutiva. A Bíblia não é tida como de inspiração divina nem como depositária das regras de fé e prática. Não é aceita integralmente e acatam o que lhes interessa de maneira distorcida, adaptada a seu modo particular de crer, segundo o pensamento e ideias de Kardec. A Bíblia não é vista como fonte de revelação de Deus para os homens, mas como um conjunto de livros filosóficos, tidos como narrativas exemplares, inspiradoras e de grande valor literário. Segundo creem, toda a falta e erros cometidos tornam-se causa, cujos efeitos ou consequências em futuras encarnações. Esta lei determina a intensidade do castigo, conforme a gravidade das faltas. É ela que explica o nascimento de pessoas com deformações físicas, limitadas de inteligência, ignorantes, miseráveis etc.

 Por exemplo: se alguém nasce sem o braço, possivelmente tenha decepado o braço de outra pessoa em encarnações anteriores. Os mesmo não creem no céu nem no inferno, o que existe são os mundos dos espíritos, que são como a Terra em versão melhorada. O céu segundo a própria opinião de Kardec no livro "O Céu e o Inferno": "o céu está em toda a parte e a doutrina da existência do céu é triste fria e glacial. É desesperadora a perspectiva dos eleitos voltados a contemplação perpétua, enquanto a maioria das criaturas padecem tormentos sem fim"(p.37). O kardecismo declara-se cristão e garante que segue o evangelho de Cristo, mas as opiniões entre seus expoentes são muito contrárias. Suas práticas, pensamento e doutrinas são também antagônicas com os ensinos de Cristo. Léon Denis, o maior doutrinador do kardecismo depois de Allan Kardec, escreveu no livro "Cristianismo e Espiritismo" que Cristo não é salvador, negando o fundamento do cristianismo.

 O texto diz: "a missão de Cristo não era resgatar com sangue os crimes da humanidade: o sangue, mesmo de um Deus, não seria capaz de resgatar ninguém, cada qual deve resgatar-se a si mesmo, resgatar-se da ignorância e do mal. Nada exterior a nós poderia fazê-lo. Além de contrariar pontos vitais do cristianismo, o kardecismo ainda autoproclama-se objeto do cumprimento da promessa de Jesus sobre o envio do Consolador. Declara que esse Consolador não é o Espírito Santo, mas o espiritismo, que surgiu para "consolar os aflitos". Essa declaração foi proferida pelos componentes do Conselho Nacional da Federação Espírita Brasileira, no início da década de cinquenta e diz, entre outras coisas, que "no Brasil, a doutrina espírita, sem prejuízo de seus aspectos científicos e filosóficos, é fundamentada no evangelho de Cristo, CERTO DE SER O CONSOLADOR PROMETIDO de que nos falam aqueles mesmos evangelhos".

 O Brasil é o único país no mundo onde Kardec é colocado em primeiro lugar depois de Deus. Os kardecistas só não acendem velas para o espírito de Kardec, mas deixam claro ser ele o objetivo maior quando escrevem num folheto o seguinte: "sentir Kardec, estudar Kardec, anotar Kardec, meditar Kardec, analisar Kardec, comentar Kardec, interpretar Kardec, cultivar Kardec, ensinar Kardec e divulgar Kardec" E Jesus, nada? Kardec morreu autoproclamando-se cristão. Seus escritos pretendem interpretar com mais profundidade o pensamento cristão e vestir sua prática com uma nova roupagem. Kardec escreveu um livro(O Evangelho Segundo o Espiritismo) cujo o lema principal é que "fora da caridade não há salvação". É um equívoco, já que o kardecismo pretende seguir o ensinamento cristão bibliocêntrico. Em nenhum lugar na Bíblia está escrito que a caridade tem poder salvífico nem que ela possa tornar o homem merecedor do favor divino.

 Enquanto o evangelho de Kardec proclama a salvação exclusivamente através das boas obras. Paulo diz aos cristãos de Éfeso que a salvação não vem pelos homens, mas pela fé em Jesus. Os seguidores de Kardec estão equivocados com a salvação pela caridade. Está escrito em Atos 4:12 - "em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos." Veja em que contradição os espíritas estão mergulhados, demonstrando total insensatez. Kardec é frontalmente contra a doutrina do pecado e do juízo, por causa da reencarnação. A Bíblia diz que o Consolador veio exatamente para "convencer o mundo" do pecado e do juízo. Se o espiritismo fosse o Consolador, como convenceria o mundo de coisas que não crê e não aceita? Ou Jesus enganou-se ao revelar a missão do Consolador? Este é um problema que os kardecistas devem resolver.

 "Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto tenho dito". Fica definitivamente descartada essa ideia de que o Consolador é o espiritismo. Primeiro porque a declaração "aquele Consolador, o Espírito Santo" é clara e inequívoca. Segundo porque uma religião pode ensinar, mas jamais poderá "fazer lembrar" algo que fora ensinado. A crença kardecista de que Deus não se relaciona com o homem, não é um Deus pessoal, misericordioso e presente no cotidiano de cada homem, contraria totalmente a revelação divina através da Bíblia. Ninguém pode pretender-se cristão sem ter Jesus como filho unigênito de Deus, o Senhor e salvador do homem, que morreu crucificado e ressuscitou no terceiro dia para que todo aquele que nele crê possa também ressuscitar no último dia.

 Não há como separar Jesus do seu sacrifício de sangue a favor dos homens, motivo pelo qual ele é muito mais do que um iluminado ou um espírito extremamente evoluído. O Perispírito é uma crença estabelecida pelo homem, sob alegação de que foi revelada pelos espíritos desencarnados e (ou) evoluídos, vindos de outras dimensões cósmicas. É totalmente desprovida de lógica e não encontra nenhum respaldo bíblico. Como consta em Lucas 16.26 que não é possível a comunicação dos mortos com os vivos. O apóstolo Paulo disse que nem mesmo um anjo (ser de outra dimensão) pode acrescentar, diminuir ou distorcer o evangelho de Cristo. Isso anula a pretensão kardecista de fazer valer suas ideias como ensinamentos bibliocêntricos. O verdadeiro cristão jamais deverá ter como crença algo que a Bíblia não ensine.

 A comunicação mediúnica com seres espirituais de outras galáxias não é uma prática para cristãos autênticos, já que a Bíblia proíbe a consulta aos mortos e espíritos de qualquer natureza. Em Deuteronômio 18:11 fica evidentemente expresso quanto a esta proibição, está escrito: "Nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos". Esta passagem faz referência às abominações cometidas pelas nações. Concluindo, se consultar os mortos é abominação, todo aquele que o faz é abominável aos olhos de Deus. Está escrito no verso 8 no capítulo 21 de Apocalipse, que os abomináveis vão arder no lago de fogo. Não há menção bíblica sobre moradores de outros planetas, nem que fosse necessário, hoje, seres invisíveis ou não, virem à terra para instruir, ensinar, prever o futuro ou a qualquer outra missão.

 Pelo contrário, quando foi preciso, Deus mesmo instruiu seus profetas, juízes e escolhidos para que transmitissem suas mensagens ao povo. O "Doutrinamento" é a crença da possibilidade do homem ser doutrinado pelos espíritos evoluídos, que incorporam os médiuns para ensinar o bem à humanidade. Conforme já vimos, não há razão para essa crença, nem respaldo bíblico, nem possibilidade que isso aconteça. Os ensinos da Bíblia são suficientes para seus estudantes alcançarem maturidade espiritual e contêm toda instrução de que o homem necessita. Na segunda carta a Timóteo, o apóstolo Paulo ensina que "toda escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda boa obra"(2Tm. 3.16,17).

 Apesar das distorções de passagens bíblicas, a doutrina da reencarnação é rejeitada até mesmo por adeptos do espiritismo em alguns países do mundo, dada a sua falta de consistência. Ressurreição é o espírito voltar a animar o mesmo corpo, apenas uma vez. Reencarnação é o espíritio voltar a animar outro corpo, recém-nascido, e viver até morrer novamente, num círculo interminável de nasce-morre-renasce-morre.

 Estes são alguns versículos que os espíritas distorcem: Êxodo 20.5 - Não te curvarás a elas nem as servirão: porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filho até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem. Nada há neste versículo que possa insinuar a reencarnação. No versículo seguinte está escrito que Deus faz misericórdia em milhares aos que o amam e guardam seus mandamentos, estabelecendo a responsabilidade do homem para consigo, seus filhos e netos.

 Ora, se alguém sabe que as pessoas inocentes poderão sofrer a consequência de seus atos, simplesmente deixa de fazer o que intenciona, pois há grande probabilidade de estar vivo e ver o resultado daquilo que praticou. Atribuir esta passagem uma confirmação do processo reencarnatório, é ignorância dos fatos a que ela se refere. "Visitar a maldade dos pais nos filhos", jamais quis dizer que os filhos sejam espíritos de antepassados reencarnados, mas que em Israel, os homens tinham obrigação de observar a lei ou ele e seus filhos sofreriam as consequências de seus atos.

 João. 9.1-3 - E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos lhe perguntaram dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que manifestassem nele as obras de Deus. Ao mencionarem "seus pais" os apóstolos se referiam a passagem de Êxodo 20.5, pois como bons judeus, conheciam a Bíblia e o que ela dizia a respeito de pais pecadores. Nem de longe passava pela cabeça dos discípulos a ideia da reencarnação. Jesus esclareceu que não era por causa de pecados que aquele homem nascera cego, mas fora um plano divino para que todos pudessem ver a glória de Deus.

 João 3.5 - "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do espírito, não pode entrar no reino do céu". Este é um dos textos mais usados para provar a reencarnação. Esquecem-se os espíritas que reencarnar não significa nascer do espírito, como pretendem, mas sim renascer na carne, já que o espírito é o mesmo, mas o corpo ainda muda. Então, é o espírito que está renascendo na carne. "Nascer da água e do espírito" não significa, absolutamente, reencarnar.

 Mateus. 17.12 - "Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram -lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do Homem".  O texto narra a transfiguração de Jesus. Os espíritas dizem que João Batista era a reencarnação de Elias porque, em Lucas 1.17, está escrito: "E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias". Ainda mais: Jesus disse "em verdade Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas"(Mt. 17.11). Neste capítulo, versículo 13, está escrito "então entenderam os discípulos que lhes falara de João Batista". Esta passagem faz referência de que João Batista viria no espírito e virtude de Elias, significando com o mesmo ministério e unção que Elias, passando pelas mesmas provações, denunciando o pecado dos poderosos e a vinda de um novo tempo.

 A palavra "ressurreição" aparece quarenta e seis vezes na Bíblia, sendo nove no Antigo Testamento e trinta e sete no Novo. Ressuscitar aparece doze vezes no Novo Testamento e duas no Antigo. Em nenhuma ocasião há quaisquer indícios de que as passagens queriam dizer reencarnação, que não aparece nenhuma vez. Quanto ao que os kardecistas creem sobre a caridade, a Bíblia nos mostra que nenhuma ato caritativo poderá imputar ao praticante méritos para salvação da alma, ou alcançar privilégios diante de Deus. No capítulo 13 da primeira carta aos Coríntios, Paulo revela toda amplidão da prática da caridade, que é um mover do amor arraigado no coração do cristão. É uma consequência e não a causa da conversão a Cristo.

 A crença na reencarnação não deixa margem para aceitação da realidade do céu e do inferno. Os kardecistas dizem que ambos são um estado da alma e que os céus são mundo-escolas, mais ou menos atrasados, para onde os espíritos se dirigem conforme seus graus de evolução. Ali aprendem mais e evoluem outro tanto para reencarnar novamente. A Bíblia diz que o céu e o inferno são uma realidade literal. O céu foi criado por Deus - Gn.1.1; Êx. 20.11 - é habitação de Deus - 1Rs 8.27; Sl. 2:4 - Jesus veio do céu - Jo 3.13-31; 1Co 15.47 - lá só podem entrar os bons - Mt. 25.34; 1Co. 6.9,10.

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