A conversão de qualquer pessoa acontece quando Deus vem até ela e vence-lhe a ignorância ao revelar-lhe a verdade do evangelho. Sem isso, ninguém jamais poderia ser salvo. Ninguém, durante toda a história humana, concebeu por si mesmo a realidade da ira de Deus, conforme ela nos é ensinada nas Escrituras. Ninguém jamais sonhou em estabelecer a paz com Deus por intermédio da vida e da obra de um Salvador singular, o Deus-Homem, Jesus Cristo.
De fato, o que ocorre é que os judeus rejeitaram a Cristo, apesar de todo o ensino que lhes foi ministrado por seus profetas. Parece que a justiça própria alcançada por alguns judeus ou gentios levou-os a deixarem de buscar a justiça Divina através da fé, para fazerem as coisas à sua própria maneira. Portanto, quanto mais o "livre-arbítrio" se esforça, tanto piores tornam-se as coisas.
Não existe um terceiro grupo de pessoas, que se situe em algum ponto entre os crentes e os incrédulos — um grupo de homens capazes de salvarem-se a si mesmos. Judeus e gentios constituem a totalidade da humanidade, e todos eles estão debaixo da ira de Deus. Ninguém tem a capacidade de voltar-se para Deus. Deus precisa tomar a iniciativa e revelar-Se a eles. Se fosse possível ao "livre-arbítrio" dos homens descobrir a verdade, certamente algum judeu, em algum lugar, tê-lo-ia feito!
Os mais elevados raciocínios dos gentios e os mais intensos esforços dos melhores dentre os judeus (Rm 1.21; 2.23,28,29) não conseguiram aproximá-los nem um pouco sequer da fé em Cristo. Eles eram pecadores condenados juntamente com todo o resto dos homens. Ora, se todos os homens são possuidores de "livre-arbítrio", e todos os homens são culpados e estão condenados, então esse suposto "livre-arbítrio" é impotente para conduzi-los à fé em Cristo. Por conseguinte, a vontade dos homens, afinal, não é livre.
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