domingo, 20 de setembro de 2015

Impecabilidade - J.I.Packer (22/07/1926 - 17/07/2020)

Jesus era totalmente isento de Pecado.
[Cristo] não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca.1 PEDRO 2.22

 O Novo Testamento insiste que Jesus era totalmente  isento de pecado (Jo 8.46; 2 Co 5.21; Hb 4.15; 7.26; 1 Pe 2.22; 1 Jo 3.5)Isto quer dizer que não somente Ele nunca desobedeceu a seu Pai, mas que amava a lei de Deus e sentia sincero prazer em cumpri-la.

 Nos seres humanos degradados há sempre alguma relutância em obedecer a Deus, e algumas vezes ressentimento que se transforma em ódio diante das alegações que Ele faz sobre nós (Rm 8.7). Mas a natureza moral de Jesus era inocente, como foi a de Adão antes de seu pecado, e em Jesus não havia nenhuma inclinação prévia de afastar-se de Deus que permitisse a Satanás tirar proveito disso, como há em nós.

  Jesus amava seu Pai e a vontade do Pai de todo seu coração, mente, alma e força. Hebreus 4.15 diz que Jesus foi "tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado". Isto significa que todas as tentações que enfrentamos — para satisfazer erradamente os desejos naturais do corpo e da mente, evitar assuntos morais e espirituais, desviar-se da moral e buscar caminhos fáceis, ser menos do que amável, solidário e bondoso para com os outros, tornar-se auto-protetor e autocomiserativo etc.
 — vieram sobre Ele, mas Ele não cedeu a nenhuma delas.

 A oposição opressora não o subjugou, e diante da agonia do Getsêmani e da cruz lutou contra a tentação e resistiu ao pecado, a ponto de ter seu sangue derramado. Os cristãos devem aprender com Ele a proceder da mesma maneira (Hb 12.3-13; Lc 14.25-33). A impecabilidade de Jesus era necessária para a nossa salvação.

 Não fosse Ele "um cordeiro sem defeito e sem mácula", seu sangue não teria sido "precioso" (1 Pe 1.19). Ele mesmo teria necessitado de um salvador, e sua morte não nos teria redimido. Sua obediência ativa (perfeita conformidade permanente à lei de Deus para a raça humana, e à sua vontade revelada para o Messias) qualificou Jesus a tornar-se nosso Salvador ao morrer por nós sobre a cruz.

 A obediência passiva de Jesus (suportando o castigo da lei violada de Deus como nosso substituto imaculado) coroou sua obediência ativa para assegurar o perdão e aceitação daqueles que colocaram sua fé nele (Rm 5.18,19; 2 Co 5.18-21; Fp 2.8; Hb 10.5-10). 

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