Essa questão é polêmica. Apesar de toda a polêmica em torno desse assunto, a Bíblia é clara. Embora as mulheres tenham importante papel ao longo das páginas do Novo Testamento, aparecendo na linhagem e no ministério de Cristo (Mt. 1.3,5,6,16; Lc. 8.1-3), Deus conferiu aos homens, em regra geral, o exercício da liderança eclesiástica (Ef. 4.8-11).
Priscila tem sido mencionada por alguns por apóstola, com base em conjecturas, sem nenhum fundamento. Fale-se muito de Júnia, que era um homem! O certo, contudo, é que, na igreja primitiva, as mulheres se ocupavam da oração (At. 1.14) e do serviço assistencial (At. 9.36-42; Rm. 16.1,2).
E algumas se notabilizaram como fiéis cooperadoras do apóstolo Paulo, como Febe, Priscila, Trifena, Trifosa, etc. (Rm. 16), além de Lídia, a vendedora de púrpura (At. 16.14). Não há referência a mulheres exercendo atividades pastorais. Jesus escolheu doze homens para compor o ministério da igreja nascente (Mt. 10.2-4).
E ele não tinha nenhum vínculo com fariseus, saduceus, escribas ou quaisquer grupos machistas de sua época. Na escolha dos primeiros diáconos, que poderiam vir a ser ministros, caso tivesse chamada de Deus para tal e servissem bem ao ministério (Hb. 5.4; 1 Tm. 3.13), os apóstolos disseram: "Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões..." (At. 6.3).
No primeiro concílio, em 52 d.C., os rumos da igreja foram traçados por homens (At. 15). E, em Apocalipse 2 e 3, são mencionados os pastores das igrejas da Ásia. As mulheres podem e devem pregar o evangelho, orar pelos enfermos e desempenhar todas as tarefas de um seguidor de Jesus (Mc. 16.15-18), pois também são cooperadoras de Deus (1 Co. 3.9).
O que lhes é vedado é o desempenho de funções reservadas aos ministros, como ungir enfermos (Tg. 5.14). Muitos obreiros as impedem de testemunhar, valendo-se erroneamente do texto de 1 Coríntios 14.34, em que Paulo se opõe ao falatório na casa do Senhor, e não à pregação (v.35).
Diante do exposto, não há, com todo respeito às mulheres, nenhuma base bíblica para a ordenação ou consagração de pastoras ou "bispas" ao santo ministério. Isso é uma inovação extrabíblica.
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