domingo, 29 de novembro de 2015
Reflexão Bíblica - O Efeito da Liberdade das Trevas para a Luz
A primeira atitude de uma pessoa quando é confrontada com a verdade de Deus é a rejeição, devido ao fato de que quando uma pessoa entra em contato com a luz, quando antes os seus olhos estavam acostumados com a escuridão, sua primeira atitude é a rejeição de tal luz; pois os seus olhos estavam habituado as trevas e não a luz.
A Verdade dói, mas ela liberta, ela ilumina os nossos caminhos para que possamos permanecer sempre na vontade de Deus. Os olhos que estão em trevas, quando confrontados com a luz, terão também de suportar a dor da claridade ofuscando seus olhos, após isso seus olhos se adaptarão ao novo ambiente onde a luz irradia a todos os que já vivem nela.
E outro fato ocorre quando uma pessoa é iluminada pela luz da palavra, é que mais esta pessoa saberá onde se situa as trevas. E quanto mais luz uma pessoa receber, notará que as trevas que não lhe pareciam tão densas, agora são mais densas que antes.
Pois digamos que, se uma pessoa sair de sua casa às 18:00 horas, dar uma volta e retornar, não notará muita diferença de escuridão, pois saiu de um lugar pouco escuro, para um outro que quase possui a mesma proporção de escuridade. Mas se ao sair de casa às 12:00 (quando a luz o sol está no seu ápice ) e retornar, notará agora onde se localizam as mais densas trevas e quais são os locais mais escuros, pois seus olhos receberam luz em abundância para que ela possa enxergar também trevas em abundância.
Apliquemos esta analogia em nossa vida, pois somos iluminados pela luz da verdade através da palavra de Deus, para que enxerguemos as densas trevas que habitam em nosso coração, e é por este fato que quanto mais alguém ser santificado pela palavra e dela for iluminado para o pleno conhecimento de Deus, mais notará a sua pecaminosidade, e desprezará mais a si mesmo, e verá a sua mediocridade e insignificância diante da majestade da glória de Deus.
Você está Falido!! - Jerry Bridges
Falência! A palavra soa terrível. Na verdade, trata-se mais do que uma palavra - é uma expressão. Ela significa fracasso, insolvência, incapacidade de pagar as dívidas, talvez ruína financeira. Mesmo na nossa sociedade indulgente e permissiva, declarar falência ainda dá ideia de desgraça e vergonha. Você pode imaginar um menino se gabando aos coleguinhas de que o seu pai acaba de pedir falência?
Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito,estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne? (Gl 3.3)
No âmbito moral, a palavra falência tem conotação ainda pior. Dizer que alguém está moralmente falido é dizer que ele não possui nenhuma qualidade moral decente. É como comparar essa pessoa com Adolf Hitler. É a pior coisa que se possa dizer de uma pessoa.
Talvez você nunca tenha se visto desse modo, mas você está falido. Não falo da sua condição financeira ou das suas qualidades morais. Você pode ser financeiramente sólido como a Rocha de Gibraltar e a pessoa mais íntegra da sua comunidade - e ainda assim você estará falido. E eu também.
Você, eu, todas as pessoas no mundo - estamos espiritualmente falidos. Na verdade, todas as pessoas que já existiram, com exceção de Jesus Cristo - não obstante o estado religioso ou moral delas – estiveram ou estão espiritualmente falidas. Considere esta declaração de falência da pena do apóstolo Paulo:
Como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer (Rm 3.10-12).
Ninguém justo, ninguém que busque a Deus, ninguém que faça o bem, nem sequer um. Essa é a falência espiritual mais absoluta. Geralmente, numa empresa falida, a companhia ainda possuí alguns bens que pode vender e pagar uma parte das suas dívidas. Porém, nós não temos nenhum bem, nada que possamos entregar a Deus como pagamento parcial da nossa dívida. Até mesmo as nossas justiças são "como trapo da imundícia" (Is 64.6).
Somos espiritualmente incapacitados. Temos uma dívida que não temos como pagar. Aprendemos, então, que a salvação é um dom de Deus, inteiramente pela graça mediante a fé - não de obras, para que ninguém se glorie (Rm 6.23; Ef 2.8,9). Renunciamos à confiança em qualquer suposta justiça própria e nos voltamos, pela fé, somente para Cristo Jesus para a nossa salvação.
Nesse ato, declaramos em essência a nossa falência espiritual. Que tipo de falência nós declaramos? No mundo financeiro, existe a concordata, quando uma falência é temporária, escolhida por uma companhia basicamente saudável que, dado tempo suficiente, poderá vencer os seus problemas financeiros. A falência total é quando uma empresa esgotou as suas possibilidades; ela não está apenas endividada, como não tem futuro como empresa viável.
É forçada a liquidar os seus bens e pagar os credores, às vezes até com dez centavos por dólar. A empresa acabou. Não tem mais chance. Os donos ou investidores perdem tudo o que investiram no negócio. Ninguém gosta desse tipo de falência.
FALÊNCIA TEMPORÁRIA OU TOTAL?
Que tipo de falência nós declaramos: a permanente ou a temporária? Suspeito que a maioria de nós diga que foi uma falência permanente. Tendo confiado em Jesus Cristo para a nossa salvação, reconhecemos que não podemos acrescentar nenhuma medida de boas obras àquilo que ele já fez. Cremos que ele pagou totalmente a dívida do nosso pecado e garantiu-nos vida eterna. Não há nada mais a acrescentar para obter a salvação.
Para usar a analogia empresarial, declaramos falência completa. Na verdade, porém, a maioria de nós considera que se trata apenas de um pedido de concordata. Confiamos unicamente em Cristo para a salvação, mas sutil e inconscientemente revertemos a um relacionamento de obras com Deus na vida cristã. Reconhecemos que os nossos melhores esforços não nos levam ao céu, mas achamos que eles merecem as bênçãos de Deus na nossa vida cotidiana.
Depois de nos convertermos, começamos a deixar de lado os pecados mais escabrosos. Começamos a frequentar a igreja, dar ofertas em dinheiro, quem sabe participar de um grupo de estudo bíblico.Vimos mudanças positivas no nosso estilo de vida e começamos a nos sentir de bem a respeito de nós mesmos. Estamos prontos para sair da falência e assumir o pagamento de nossa própria entrada na vida cristã.
Então, chega o dia em que, espiritualmente, caímos de cara no chão. Voltamos a cometer um velho pecado, ou deixamos de fazer o que devíamos. Porque achamos que agora podemos valer-nos por nós mesmos, que estamos pagando a nossa própria entrada no céu, assumimos que fomos privados de todas as bênçãos do Senhor durante um período indeterminado de tempo.
A nossa expectativa da bênção de Deus depende de como sentimos que estamos vivendo a vida cristã. Declaramos falência temporária para entrar no seu Reino, mas agora achamos que podemos e devemos pagar a entrada com Deus. Nós fomos salvos pela graça, mas estamos vivendo pelo nosso desempenho. Se você acha que eu estou exagerando, faça o seguinte teste.
Pense numa época recente em que você caiu espiritualmente de cara no chão. Imagine, então, que, imediatamente depois disso, você teve uma excelente oportunidade de compartilhar Cristo com um amigo não-crente. Você o faria com total confiança na ajuda de Deus? Por natureza, somos todos legalistas, ou seja, pensamos que determinado comportamento pode fazer por merecer determinada bênção de Deus.
O apóstolo Pedro tinha essa ideia. Depois de ouvir a conversa de Jesus com o jovem rico, ele disse: "Eis que nós tudo deixamos e te seguimos; que será, pois, de nós?" (Mt 19.27). Pedro já somara os seus pontos de merecimento e queria saber quanta recompensa ele merecia. Não somente somos legalistas por natureza, como também a nossa cultura cristã reforça essa atitude em nós.
Somos exortados a frequentar regularmente a igreja, a ter um momento a sós com Deus diariamente, a estudar a Bíblia, a orar, a memorizar a Escritura, a testemunhar aos vizinhos e a contribuir para missões - todas as quais são atividades cristãs importantes. Ninguém diz isso, mas tem-se a impressão de que é melhor fazermos essas coisas ou Deus não vai nos abençoar.
Vamos até a Bíblia e lemos que devemos desenvolver a salvação, buscar a santidade, ser diligentes em acrescentar à nossa fé a virtude, o conhecimento, o autocontrole e o amor. Na verdade, a Bíblia está repleta de exortações para as boas obras e busca das disciplinas do crescimento espiritual.
Novamente, porque somos legalistas por natureza, achamos que o nosso desempenho nessas áreas obtém as bênçãos divinas na nossa vida. Luto com essas tendências legalistas apesar de saber que não deveria tê-las. Alguns anos atrás, eu iria pregar numa grande igreja na Costa Oeste. Cheguei ali cerca de quinze minutos antes da hora e fiquei sabendo que um dos pastores da equipe havia morrido repentinamente no dia.anterior.
A equipe pastoral e a congregação estavam em estado de choque. Ao avaliar a situação, percebi que o sermão que eu preparara, sobre o "desafio ao discipulado" não seria apropriado para a ocasião. Nesse dia, a congregação precisava de consolo e encorajamento, e não de um desafio. Eu precisava de uma mensagem totalmente nova e silenciosamente comecei a orar, pedindo que Deus trouxesse à mente uma mensagem boa para a ocasião.
Em seguida, comecei, a enumerar meus méritos e deméritos do dia. Eu havia tido um momento a sós com Deus naquela manhã? Eu tivera algum pensamento libidinoso ou dito alguma meia-verdade? Eu caíra na armadilha do desempenho. Reconheci rapidamente o que estava fazendo e disse: "Senhor, não sei a resposta a qualquer dessas perguntas, mas não importa. Venho a ti em nome de Jesus somente e somente por seu merecimento, peço que me ajudes".
Um versículo me veio à mente e, com ele, um breve esboço para uma mensagem que, eu sabia, seria apropriada. Subi ao púlpito e literalmente preparei a mensagem enquanto pregava. Deus respondeu à minha oração. Por que Deus respondeu à minha oração? Porque eu guardara a hora silenciosa naquela manhã, ou cumprira outras disciplinas espirituais? Foi porque eu não permiti pensamentos pecaminosos naquele dia? Não.
Deus respondeu à minha oração por uma única razão: Jesus Cristo já comprara a resposta de oração dois mil anos antes numa cruz romana. Deus respondeu tão-somente com base na sua graça, não por eu merecer ou desmerecer alguma coisa. Um dos melhores segredos entre os cristãos é este: Jesus pagou tudo. Tudo mesmo. Ele não só pagou o perdão dos pecados e a entrada para o céu, como também pagou por toda bênção e toda resposta de oração que se possa receber.
Todas - sem exceção. Por que esse é um segredo tão bem guardado? Em primeiro lugar, porque temos medo dessa verdade. Temos medo de dizer, até para nós mesmos, que não precisamos mais nos esforçar, o trabalho já foi feito. Temos medo de que, se crermos nisso, vamos relaxar nos nossos deveres cristãos. Porém, a questão mais profunda é que realmente não acreditamos estar falidos.
Entramos no reino pela graça, somente pelos merecimentos de Cristo, mas agora estamos tentando pagar a nossa própria entrada pelo nosso bom desempenho. Declaramos apenas falência temporária; agora queremos viver pelas boas obras em vez de pela graça. A experiência crista total é descrita muitas vezes em três fases distintas: justificação, santificação e glorificação.
Justificação - somos declarados justos diante de Deus pela fé em Jesus Cristo - é um acontecimento que ocorreu em determinado ponto do tempo. Foi quando, na nossa vida, fomos salvos. É a experiência de Efésios 2.8: "Porque, pela graça sois salvos, mediante a fé".
Santificação — é o nosso crescimento à semelhança de Cristo. É uma experiência progressiva que cobre toda a nossa vida cristã desde a salvação até a glorificação. A glorificação ocorre quando deixamos esta vida para estar com Cristo. (Na verdade a glorificação alcança pleno cumprimento na ressurreição, claro, mas mesmo agora aqueles que estão com Cristo são descritos como "espíritos dos justos aperfeiçoados" [Hb 12.23]).
Todo crente verdadeiro concorda que a justificação é pela graça mediante a fé em Cristo. Se pararmos para pensar nisso, concordamos que a glorificação também é unicamente pela graça de Deus. Jesus comprou para nós não só o perdão dos pecados (justificação) como também a vida eterna (glorificação). Porém, a santificação - toda a experiência cristã entre a justificação e a glorificação - é outra história.
No melhor dos casos, a vida cristã é vista como uma mistura de desempenho pessoal e graça de Deus. Não é que tenhamos conscientemente separado isso na mente e concluímos que a nossa relação com Deus, por exemplo, seja baseada cinqüenta por cento no desempenho e cinqüenta por cento na graça. Pelo contrário, é uma presunção subconsciente advinda do nosso legalismo inato - reforçado e alimentado pela cultura cristã em que vivemos.
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
Reflexão Bíblica - Beleza ou Caráter?
O ouro é estimado devido ao seu caráter de raridade, e pela sua beleza inigualável. E igualmente as pessoas dos dias de hoje são comparavelmente estimadas da mesma forma, só que com uma pequena diferença. A "beleza inigualável" é o que conta, já o caráter raro é deixado de lado. A grande parte das pessoas de depara diante das suas vidas com o grande erro de basear as suas escolhas baseado no aparente, no exterior.
Pois todos sabemos como diz o próprio ditado: "Nem tudo que reluz é ouro". Nós poderíamos aplicar o ouro a uma espécie de pessoa, cuja beleza é rara e cujo o valor é inestimável devido a sua escassez. Mas todos sabemos que Deus não concede beleza igual a todos, pois sabemos a beleza do ouro é uma, a da prata é outra e a do bronze também é outra, porém é de se considerar que todas são estimadas por serem raras, por serem escassas, por ser difícil de obtê-las e encontra-las.
O mesmo aplica-se a nós, podemos não ter todos a beleza inigualável do ouro, mas podemos ter uma beleza diferenciada como é a dos outros recursos que são inferiores ao ouro, mas porém todos nós devemos ser raros como propriamente o ouro o é, ou seja, possuir um caráter que está escasso neste mundo na qual todos valorizam principalmente Deus, e igualmente darmos valor aos que possuem tal raridade.
Pois neste mundo vemos que muitos brilham como o ouro (possuem beleza externa), mas não possuem a raridade do mesmo, pois são de caráter igual ao resto das pessoas, é bonita por fora mais feia por dentro, no externo é ouro e no interno é latão. Pois há de convirmos que o dom da beleza concedido por Deus faz bem para quem o recebeu, mas não faz bem nenhum há alguém, mas quanto a beleza interna, ou seja, o caráter, fará não só bem a si mesmo, mas também a todas as pessoas que conviverem com esta.
Percebemos também que nos dias atuais as pessoas avaliam a si mesmas devido a sua beleza, acham que isso as tornam dignas de qualquer coisa. Pois todos nós já tivemos a experiência, e muitas vezes vindo de nós mesmos, de nos depararmos com o caso de alguém dizer: - Olha só que desperdício! Aquela pessoa tão bonita, com aquela tão feia!
Agindo assim tal pessoa se sente mais digna de merecer a pessoa que ela cobiçou, devido ao fato de sua beleza ser superior a da pessoa que ela desprezou. Dessa forma esta pessoa pressupõem, que a dignidade de uma pessoa em merecer algo, é devido ao fato daquilo que ela ganhou por natureza ou seja (a beleza), que obteve sem esforço algum.
Ao invés de pensar que as pessoas se tornam dignas "de certa forma", devido ao seu caráter, pois este não pode ser herdado por natureza, nem vendido ou obtido, mas sim lapidado por Deus, na qual Ele trabalha para o que está dentro de nós seja belo. E não nos enganemos, pois a beleza que nós edificamos exteriormente, essa é vã e não durará, mas a que foi transformada por Deus no seu interior essa durará para sempre.
Os homens direitos, de caráter, viverão nesta nossa terra. Mas Deus varrerá dela os maus e arrancará os pecadores como se arrancam plantas do chão. - Provérbios 2:21 e 22
Os homens direitos, de caráter, viverão nesta nossa terra. Mas Deus varrerá dela os maus e arrancará os pecadores como se arrancam plantas do chão. - Provérbios 2:21 e 22
Atitude – Paulo Junior
“E Jesus disse: Ó geração incrédula e perversa! (…) Até quando vos sofrerei?(…)” (Mt 17.17)
Essa notável declaração, citada por Jesus, no texto acima, diz respeito à passagem do jovem lunático – o endemoniado. Um pai aflito foi até Jesus rogar pelo seu filho, que estava sofrendo de gravíssimas convulsões; o jovem foi levado à presença de Jesus, que repreendeu o demônio e curou completamente aquele garoto. Porém, o pai do menino relatou algo interessante a Jesus: “Antes de vir a Ti, levei meu filho aos teus discípulos e eles não puderam curá-lo”, foi então que Jesus respondeu, citando a frase: “Até quando vos sofrereis?”.
Eu quero discorrer hoje, nessa palavra devocional, sobre essa declaração um pouco impaciente de Jesus e dizer a você, caro leitor, que é um cristão autêntico, mas que tem vivido uma vida cristã descoordenada, ora está em cima ora está em baixo, ora vence ora perde. Que não é uma pessoa consistente, que nem mesmo tem certeza daquilo que crê, enfim, se mostra um cristão volúvel. Você que está se perdendo nos seus pecados, vive “dando trabalho” nas mesmas áreas, não cresce, não amadurece, não enxerga coisas óbvias que estão bem à sua frente e que não dá resultados expressivos na sua fé.
Jesus está bradando a você dizendo: “Até quando? Até quando você vai continuar nessa vida? Até quando Eu vou ter que sofrer (suportar) seus inúmeros erros? Sua incompetência? Até quando, mesmo Eu tendo mostrado tanta graça e misericórdia na sua vida, você ainda duvidará do Meu poder”?
Jesus estava dizendo aos discípulos: “Está na hora de vocês amadurecerem e de, em certas áreas, caminharem sozinhos. Já chegou a hora! Não é mais possível suportar vê-los com essa insegurança, ainda tão tímidos e sentindo medo! Como nos altos e baixos de Pedro: andou sobre o mar depois afundou, declarou que Cristo é o Filho de Deus e depois o negou”. Jesus não estava aguentando isso mais! E Ele, com um tom rude, estava gritando: “Geração incrédula e perversa, Eu não tolero mais essas variações”!
Você pode achar que Jesus não estava sendo justo, ou amoroso e tampouco complacente. Não é isso. Jesus, naquela hora, estava disciplinando os discípulos, estava trabalhando para o seu crescimento. A ira de Jesus foi por já ter ensinado tanto a mesma coisa e eles não terem entendido até aquele momento.
É disso que se trata essa mensagem: atitude, mudança! É tempo de ter responsabilidade quanto a seu estado, basta com seu “jeito EU de ser”. Não dá mais para andar em círculos. Ser conhecido como a pessoa mais chata de sua comunidade. Fraca. Ferida. Basta com suas limitações. Sempre precisa ser carregado. Porque o original “vos sofrereis” significa: “vos carregareis,” só funciona mediante a ferroadas. Provérbios ainda nos diz: “Até quando, ó néscio, amareis a necedade” (Pv 1.22). Uma vez mais o texto está bradando: “Até quando”!
Diante dessas declarações você pode pensar: “Mas tudo tem o seu tempo certo. Talvez não seja meu tempo de dar frutos. É o meu tempo de vale, de estagnação”. E você até recorre a Eclesiastes capítulo 3: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo”. Entretanto Jesus está refutando essa argumentação dizendo: “Para alguns está mais do que no tempo de mudarem, aliás, já passou do tempo de mudarem e tomarem uma atitude”. Desta maneira, essa advertência de Jesus alcança todos nós que temos dificuldade de crer.
Não baseie sua vida em sentimentos ou na maneira que você a enxerga, examine-a baseado em estatísticas, fatos, coisas sólidas. Vamos lá, jogue a toalha! Cadê os resultados, onde eles estão? Olhe pra você! Seja sincero… Pare de se enganar! E caso você não mude, poderá sofrer consequências, veja o que, mais uma vez, o livro de Provérbios ensina: “Aquele que, sendo muitas vezes repreendido, endurece a cerviz, será quebrantado de repente sem que haja cura” (Pv 29.1). O original para a palavra “quebrantado” significa “moído, destruído”.
Quero te convencer, agora que te despertei para sua presente realidade, que contra fatos não há argumentos e que o próprio Jesus está te chamando para se levantar e agir. Comesse a partir de agora! Mude seu conceito de si mesmo. Cresça. Amadureça. Se for para fazer algo radical, que você o faça! Pois chegou a hora de você caminhar com as próprias pernas, dar frutos de justiça, ser um cristão competente, idôneo e maduro. Você não acha que já está na hora de orgulhar o seu Senhor? Honrá-Lo, fazer com que Ele olhe para você e diga: “Esse é mais um filho amado em quem me comprazo”.
O desejo de Jesus é positivo para nossa vida, todas as vezes que somos corrigidos e advertidos por Ele nunca devemos enxergar como algo ruim, ou que nos desmotive, pois Cristo está visando nosso progresso espiritual. E Ele te diz isso, não para te agredir ou acusar. Essa ira santa de Jesus é porque Ele não aguenta mais ver você humilhado por onde passa e naquilo que você faz, seja pelo diabo, seja pelas pessoas. Pois, nessa fase, os discípulos estavam sendo constantemente humilhados, estavam sempre “dando cabeçadas” e é por isso que Jesus os repreendeu, porque Ele se entristece com as nossas humilhações e tolas derrotas.
Ele te diz isso para que você goze das riquezas insondáveis que Ele tem, pois à medida que você cresce elas te são entregues. Para que a sua confiança e dependência Dele aumentem mais e mais, tornando possível que você conheça a largura, a profundidade e toda a extensão do Seu infinito amor, porque o desejo sincero Dele é que você tenha o privilégio de ser o Seu braço direito, sendo chamado de amigo e cooperador do Deus vivo, na sua grande obra! Então vamos “porque já é hora de despertarmos do sono” (Rm 13.11).
Atitude, essa é a palavra para hoje.
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
Reflexão Bíblica - Qual "Ladrão" Você É?
Muitas vezes ao lermos as histórias bíblicas, nos colocamos no lugar da pessoa que está sendo contada a história e vemos se à atitude que ela tomou, nós tomaríamos também ou se faríamos diferente. Ao lermos sobre os dois ladrões que foram crucificados juntamente com Cristo, nos perguntamos : E se fossemos nós qual dos dois nós seríamos?
Talvez seríamos o primeiro; que via Jesus somente como um meio de livrá-lo daquela situação, daquele problema, livrá-lo das consequências das suas ações, que por justiça eram merecidas. Como ele próprio disse: - Tu não és o Cristo?(Lucas 23:39), ou seja: - Não és o Salvador? Salva a nós e a ti mesmo.
Queria obrigar Jesus a salva-lo, mas sem nenhum temor, como muitas fazemos e falamos a Deus: - Tu não és o Deus do impossível? Então livra-me dessa impossibilidade, problema, dificuldade e etc..., agimos como o ladrão da esquerda fazemos de Deus somente um meio, para buscar nossos próprios fins.
Ou talvez poderíamos ser o segundo, que depois de ter aprontado no mundo, ter feito tudo errado, reconheceu que seu lugar era ali e clamou a Jesus misericórdia, quando disse: - Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino (Lucas 23:42), vemos nestas palavras, que antes que o ladrão fosse crucificado, provavelmente ele tinha ouvido sobre o evangelho de Jesus, porém não o atendeu para servir a Cristo, mas também vemos a diferença neste ladrão pois temia a Deus, pois falou ao outro ladrão: - Nem ao menos teme a Deus...?(Lucas 23:40).
Quando nós falamos a palavra "lembra de mim", para isto ou para aquilo, é porque nós sabemos que aquela pessoa não tem a obrigatoriedade de se lembrar, pois se ela fosse obrigada, usaríamos uma palavra imposta como: - Tu deves se lembrar; e não uma palavra opcional como: lembra-te. Pois o segundo ladrão sabia que se o fato de ele estar ali condenado a morte, e se após isso fosse entregue ao inferno, teria total consciência de que seus atos mereciam tal castigo, devido ao castigo aplicado a todo ser humano em consequência de suas más ações.
Mas por outro lado ele também sabia que se ele fosse perdoado, ou seja, se ele fosse salvo, seria pela graça, amor, favor e misericórdia de Jesus, pois ele tinha a certeza de que não merecia ser salvo. "Pois ninguém é obrigado a dar algo a alguém, se esse alguém é indigno de merecê-lo". Pois se cada um de nós ganhássemos o que merecíamos, ganharíamos o inferno inteiro para todos nós.
Vemos e aprendemos através do segundo ladrão da cruz que as pessoas nas quais são salvas por Cristo, são as que se acham na mesma condição que este ladrão; sentem-se condenadas e merecedoras de justo castigo em consequências de seus atos a ações que cometeram anteriormente, até que se entregam verdadeiramente ao Salvador Jesus Cristo e clamando ao Senhor dizem: lembra-te mim quando vieres no teu reino.
Por Trás do Véu - Dov Greenberg
Nos Estados Unidos, estima-se que um em cada dois casamentos termina em divórcio. Famílias com apenas um dos pais dobraram nos últimos 20 anos. Apenas uma criança em duas terá pais que estavam casados quando ela nasceu e que permaneceram juntos até a criança crescer.
Uma palestrante disse-me que durante anos ela tinha ido a escolas ensinar religião às crianças, e sobre "Deus nosso Pai". Agora ela não pode fazer mais isso, porque muitas das crianças não entendem a palavra. Não a palavra Deus, mas a palavra "pai".
Como um meteorito entrando no campo gravitacional da terra, o casamento e a família estão se desintegrando. O pior que podemos fazer agora seria entrar num debate sobre quem é culpado: indivíduo ou sociedade, afluência ou secularização.
O que precisamos é imaginação, não recriminação; otimismo, não pessimismo. É aqui que a Palavra de Deus tem algo lindo e vital a dizer. No capítulo inicial da Bíblia, onde se desenrola a história da Criação, nos é apresentado uma intrigante questão: Como, se Deus existe, o universo pode simultaneamente existir?
Deus é infinito, Deus está em toda parte. Portanto, em qualquer lugar, existe tanto o finito como o infinito. Porém certamente o infinito supera tudo que seja finito. Simplesmente não há espaço para a matéria física se todo lugar está preenchido com a presença infinita de Deus.
Como, então, existe um universo? A resposta é obrigatória. Para criar espaço para o universo, Deus, por assim dizer, iniciou um processo chamado auto-contração ou retirada, criando um vácuo esférico; o espaço necessário para o mundo existir.
Ao retirar Sua luz infinita, um mundo autônomo, independente, distinto de Deus, pode emergir. A conclusão? O universo é o espaço que o Autor do Ser cria para a humanidade por meio de um ato de retirada. Nenhum único ato indica mais profundamente o amor e a generosidade implícitos na Criação.
Num estonteante paralelo, o mesmo se aplica aos relacionamentos humanos. No início da vida, não há consideração pelo outro. Um bebê recém-nascido não distingue entre si mesmo e o resto do universo. Conhece e se preocupa apenas com suas próprias necessidades.
Ao chorar, está dizendo: "Quero Mamãe, quero ser alimentado, quero colo, quero que brinquem comigo, e se isso não for feito agora, vou arruinar sua vida." Não há espaço para um outro. À medida que as crianças crescem e amadurecem, começam a sentir o outro como uma entidade separada.
Começam a ter relacionamentos; começam a se importar com o outro. Este processo é essencial para um desenvolvimento sadio. Como adultos, sabemos que para amar realmente, precisamos nos retirar de nosso "centro" (ego) e criar espaço para uma outra pessoa em nossa vida.
Um relacionamento não é baseado em controle. Quando um parceiro domina o outro, exigindo que ele ou ela se conforme e suprima sua personalidade, a possibilidade de um relacionamento é extinta. O amor genuíno não apenas respeita a individualidade do outro, como também procura cultivá-la.
Amor, como o ato da criação, é a coragem de criar espaço para a presença do outro. Quando o homem se afasta de si mesmo, atingindo o coração e a alma de outro ser humano, ele imita Deus, que escolhe suspender-Se para dar espaço ao outro.
Stephen Hawking estava errado em seu livro Uma Breve História do Tempo. Não é por meio da Física teórica que abordaremos a compreensão da "mente de Deus". É dando espaço a outra pessoa dentro de si mesmo.
Um rapaz e uma moça saíram para um encontro. Durante duas horas, ele falou sobre si mesmo, suas conquistas, sucessos e idéias. Então virou-se para ela e disse: "Chega de falar a meu respeito. Agora diga-me, o que você acha de mim?" Existem duas palavras simples que ilustram essa noção de contração.
As palavras solo e alma. Representam dois opostos perfeitos: o material e o espiritual. A palavra "solo" representa o material. A palavra "alma" representa o espiritual. Quando a pessoa pensa apenas sobre "solo", não cria espaço para outra pessoa.
Mas quando pensa sobre "alma", abre espaço para outra pessoa em sua vida. Está pronta para viver e amar com mais profundidade. Esta idéia de Contração se expressa na linda cerimônia do casamento judaico.
Antes da cerimônia o noivo é escoltado até a sala onde a noiva está esperando, e cobre a face dela com um véu. Este costume tradicionalmente comemora o evento bíblico que ocorreu durante a cerimônia de casamento de Jacó. Este ato é chamado de "velar".
A Bíblia relata que Jacó viajou à casa de Labão. Ao chegar, encontrou a filha mais nova de Labão, Raquel, e se apaixonou por ela. Labão propõe um acordo: trabalhe sete anos para mim e eu a darei a você em casamento. Jacó faz isso, mas na noite do casamento Labão substitui Raquel por Lia.
Como a noiva estava velada, ele não percebeu que estava se casando com a moça errada. Jacó descobriu o engano somente quando era tarde demais. Por fim, Jacó aceitou seu destino e continuou com Lia. Mais tarde, porém, ele também desposou Raquel, a noiva que tinha escolhido.
A pergunta que surge é: se o velar nos lembra Jacó e Lia, o costume não deveria ser o noivo descobrir o rosto da noiva para certificar-se de que está casando com a moça que escolheu? A resposta é profunda e tocante. Lia e Raquel não são meramente duas irmãs morando na Mesopotâmia na primeira fase da Idade do Bronze.
Elas também simbolizam duas dimensões de toda personalidade humana. Cada um de nós possui uma "Raquel" interior, bem como uma "Lia" interior. Raquel, a mulher linda, simboliza as características atraentes, charmosas e belas existentes em nosso cônjuge e em nós mesmos.
O nome Raquel em hebraico significa "ovelha", conhecida por sua cor branca e sua natureza amável e serena. Lia, um nome que literalmente significa cansaço ou exaustão, representa aqueles elementos em nós e em nosso cônjuge que são mais desafiadores.
Lia, a irmã de "olho fraco", era mais facilmente dada às lágrimas. Ela era emocionalmente vulnerável. Lia, enfraquecida pelas lágrimas e pela ansiedade, representa nosso conflito com a insegurança e com a tensão psicológica e espiritual.
Poucas pessoas podem ser definidas como "Raquel" ou "Lia", exclusivamente. A maioria possui os dois componentes. Somos uma mistura de serenidade e tensão. Temos instintos compassivos mas devemos lutar contra instintos egoístas também.
Temos luz, mas devemos lidar também com a sombra. Ambas são partes genuínas de nossa personalidade multi-dimensional. Raquel é a luz; Lia é a luta contra a escuridão. Portanto, o drama que ocorreu no casamento de Jacó, o Patriarca, acontece em todo casamento.
Antes de se casar, você pensa que está desposando Raquel – a linda, inteligente, bondosa, sensível…a mulher dos seus sonhos. Na realidade, você vai descobrir que terminou com Lia, uma pessoa que também está em conflitos com tensão não resolvida.
Naturalmente, você ama Raquel, e rejeita Lia. Porém à medida que a vida passa você começa a descobrir que é exatamente a dimensão Lia de sua esposa que desafia você a transcender o seu ego e tornar-se a pessoa que é capaz de ser.
Porque são as próprias falhas e imperfeições de seu cônjuge que permitem que você cresça em algo maior que si mesmo. Este, então, é o segredo por trás do ato de velar a noiva. Quando o noivo vela sua noiva, está dizendo: "Eu amarei, prezarei e respeitarei não apenas o 'você' que se revela a mim, mas também aqueles elementos de sua personalidade que estão ocultos para mim.
E quando me uno a você em casamento, comprometo-me a criar um espaço dentro de mim para a totalidade do seu ser – para toda você, para sempre." Isso, se realmente o fizermos, é o significado de "Contração" e tem o poder de banhar o alquebrado mundo atual na luz e espaço para a Divina Presença.
Assinar:
Postagens (Atom)