Muitas vezes ao lermos as histórias bíblicas, nos colocamos no lugar da pessoa que está sendo contada a história e vemos se à atitude que ela tomou, nós tomaríamos também ou se faríamos diferente. Ao lermos sobre os dois ladrões que foram crucificados juntamente com Cristo, nos perguntamos : E se fossemos nós qual dos dois nós seríamos?
Talvez seríamos o primeiro; que via Jesus somente como um meio de livrá-lo daquela situação, daquele problema, livrá-lo das consequências das suas ações, que por justiça eram merecidas. Como ele próprio disse: - Tu não és o Cristo?(Lucas 23:39), ou seja: - Não és o Salvador? Salva a nós e a ti mesmo.
Queria obrigar Jesus a salva-lo, mas sem nenhum temor, como muitas fazemos e falamos a Deus: - Tu não és o Deus do impossível? Então livra-me dessa impossibilidade, problema, dificuldade e etc..., agimos como o ladrão da esquerda fazemos de Deus somente um meio, para buscar nossos próprios fins.
Ou talvez poderíamos ser o segundo, que depois de ter aprontado no mundo, ter feito tudo errado, reconheceu que seu lugar era ali e clamou a Jesus misericórdia, quando disse: - Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino (Lucas 23:42), vemos nestas palavras, que antes que o ladrão fosse crucificado, provavelmente ele tinha ouvido sobre o evangelho de Jesus, porém não o atendeu para servir a Cristo, mas também vemos a diferença neste ladrão pois temia a Deus, pois falou ao outro ladrão: - Nem ao menos teme a Deus...?(Lucas 23:40).
Quando nós falamos a palavra "lembra de mim", para isto ou para aquilo, é porque nós sabemos que aquela pessoa não tem a obrigatoriedade de se lembrar, pois se ela fosse obrigada, usaríamos uma palavra imposta como: - Tu deves se lembrar; e não uma palavra opcional como: lembra-te. Pois o segundo ladrão sabia que se o fato de ele estar ali condenado a morte, e se após isso fosse entregue ao inferno, teria total consciência de que seus atos mereciam tal castigo, devido ao castigo aplicado a todo ser humano em consequência de suas más ações.
Mas por outro lado ele também sabia que se ele fosse perdoado, ou seja, se ele fosse salvo, seria pela graça, amor, favor e misericórdia de Jesus, pois ele tinha a certeza de que não merecia ser salvo. "Pois ninguém é obrigado a dar algo a alguém, se esse alguém é indigno de merecê-lo". Pois se cada um de nós ganhássemos o que merecíamos, ganharíamos o inferno inteiro para todos nós.
Vemos e aprendemos através do segundo ladrão da cruz que as pessoas nas quais são salvas por Cristo, são as que se acham na mesma condição que este ladrão; sentem-se condenadas e merecedoras de justo castigo em consequências de seus atos a ações que cometeram anteriormente, até que se entregam verdadeiramente ao Salvador Jesus Cristo e clamando ao Senhor dizem: lembra-te mim quando vieres no teu reino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário